Serviços de saúde, transporte público, segurança, trânsito, enchentes e conservação de ruas. Em ano eleitoral, o radar dos pretendentes à cadeira de prefeito de Belo Horizonte deve rastrear esses temas ao discutir propostas para a capital mineira. Eles foram apontados como os principais problemas da cidade, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Opus encomendado pelo Estado de Minas. O cenário mostra uma estabilidade de questões em relação a pesquisas anteriores e pode ser uma bússola para quem pretende disputar o voto dos quase 2 milhões de eleitores belo-horizontinos.

 

A pesquisa ouviu 600 moradores de BH nos dias 12 e 13 de março e tem uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais. A pesquisa EM/Opus está registrada na Justiça Eleitoral sob o código MG-05905/2024.O resultado das entrevistas mostra que 20% dos respondentes citou, de forma espontânea, os serviços de saúde como o principal problema da capital. Na sequência, estão o transporte público, com 14,3%; a segurança, com 9,5%; o trânsito, com 8,2%; as enchentes com 7,2%; a conservação de ruas, com 4,5%; e a educação pública, com 3,8%.

 



Com percentuais menores, também foram lembrados outros temas: infraestrutura; falta de renda e desemprego; limpeza e conservação urbana; classe política; moradores de rua; e rede de água e esgoto. Quase 15% disseram não saber ou preferiram não responder à pergunta.

 

Quando reunidos por grandes áreas, a maior reclamação dos belo-horizontinos está relacionada à mobilidade urbana (transporte e trânsito), sendo citada por 22,5% dos entrevistados. Saúde, infraestrutura e segurança são os demais agrupamentos que somam mais de 10% das respostas à questão: "Qual o pior problema de BH?". Vale destacar que o início de 2024 está sendo marcado por uma explosão de casos de arboviroses e pelo aumento de 16,6% na passagem dos ônibus da cidade.

 

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Para o diretor do Instituto Opus Consultoria & Pesquisa, Matheus Dias, a pesquisa confirma as reclamações históricas dos moradores de Belo Horizonte. Ele destaca que as queixas devem ser avaliadas com atenção pelos pretendentes à prefeitura, já que reúnem os pontos em que as propostas serão avaliadas com mais atenção pela população.

 

“Quando a gente olha a grande área, nos deparamos com mobilidade seguindo como o maior problema da cidade, na qual nós incluímos o transporte público, trânsito e outras respostas correlatas. É seguido pela saúde, com 20%, e depois temos a infraestrutura, que inclui obras de saneamento básico, mas principalmente a conservação de ruas e outras questões de infraestrutura em geral. A segurança, que historicamente sempre foi um tema muito caro aos moradores de Belo Horizonte, hoje está na quarta posição, com 11%. Com isso, a gente já tem, de uma maneira muito bem delimitada, quais vão ser os grandes temas da eleição deste ano”, afirma.

 

Serviços

 

Quando os entrevistados são questionados de forma espontânea sobre qual o principal problema de BH, o transporte público aparece atrás dos serviços de saúde. Ao ser solicitada uma avaliação da qualidade dos serviços da cidade, no entanto, as impressões sobre as opções de deslocamento na cidade são as mais reprovadas e menos aprovadas.

 

A avaliação do transporte público como ruim ou péssimo é a mais alta entre os serviços da cidade, sendo assim classificado por 66,7% dos entrevistados. Trata-se também do menor índice de ótimo ou bom, com 11,2%. A lista com os maiores percentuais de reprovação segue com os serviços de saúde, com 48,7%; conservação de ruas, com 43,7%; segurança, com 38,7%; educação, com 34%; obras, com 31,5%; incentivo ao esporte, com 29,7%; geração de empregos e trânsito com 28,5% cada; limpeza e conservação, com 22,5%; e assistência social, com 22,3%.

 

“Existe uma percepção de que o serviço de transporte funciona mal, que é caro e que não atende. São questões estruturais e vão demandar um debate muito aprofundado ao longo dos próximos meses até a data da eleição. Da forma como está posto hoje, sai na frente quem conseguir apresentar uma solução na qual o eleitor acredita ser factível e exequível e que, de fato, vá ajudar a resolver esses problemas”, aponta Matheus Dias.

 

Por outro lado, o serviço com maior aprovação na cidade é o de limpeza e conservação, com 48,5% dos entrevistados o qualificando como ótimo ou bom. A sequência é completa com lazer e cultura, com 42,2%; incentivo ao esporte, com 32,7%; educação, com 29,2%; assistência social, com 28,3; geração de empregos e trânsito, ambos com 27,3%; obras, com 27,2%; segurança, com 26,2%; conservação de ruas, com 22,5%, saúde, com 19,7%; e transporte público, com 11,2%.

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