O trabalho de Romeu Zema (Novo) à frente do governo de Minas Gerais tem uma avaliação melhor do belo-horizontino do que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no comando do país. Pesquisa encomendada pelo Estado de Minas e realizada pelo Instituto Opus mostra que a maioria dos eleitores da capital faz avaliação positiva do governador e negativa do presidente, mantendo uma linha já observada desde a eleição, que levou ambos ao poder há pouco menos de dois anos.

 



 

De acordo com o levantamento, o governo estadual é avaliado como ótimo por 3,5% dos entrevistados; como bom por 31,3% e como regular positivo por 15,8%. As três respostas somadas, que indicam a aprovação do governo, representam 50,6% do eleitorado. Por outro lado, o trabalho do governador é apontado como regular negativo por 14,2% dos respondentes; como ruim por 12,3%; e como péssimo pelo mesmo percentual de 12,3%. A soma da reprovação é de 38,8%. Outros 10,5% disseram não saber ou não quiseram responder.

 

Já na esfera federal, 4,5% dos entrevistados avaliaram o trabalho de Lula como ótimo; 23,3% como bom; e 12,5 como regular positivo. No total, 40,3% dos belo-horizontinos aprovam a gestão do petista, que ocupa a Presidência pela terceira vez. A reprovação soma 47% das respostas, divididas em 11% para regular negativo, 14,5% para ruim e 21,5% para péssimo. Outros 12,7% disseram não saber ou não quiseram responder à questão.

 

Os resultados têm margem de erro de 4,1 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o código MG-05905/2024 e realizada nos dias 12 e 13 de março, ouvindo presencialmente 600 eleitores de BH.

 

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Influência de Zema

 

A pesquisa do instituto Opus também perguntou aos moradores de BH sobre a influência de Zema na escolha de um nome para a prefeitura da capital. Os resultados apontam para um impacto maior do governador do que do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o eleitorado da capital.

 

Enquanto 12% dos entrevistados disseram que votariam em qualquer candidato apoiado por Lula e 19,7% por Bolsonaro; 20,5% manifestaram ter sua decisão irrestritamente ligada ao suporte de Zema. governador também está na frente no critério de eleitores que poderiam votar no nome indicado por ele, a depender do concorrente, com 31%. O apoio de Zema é considerado irrelevante para 20% dos entrevistados, e 23,2% disseram que um eventual suporte do governador a um concorrente à Prefeitura de Belo Horizonte reduziria as chances de escolha.

 

 

Apesar da influência no eleitorado belo-horizontino medida pela pesquisa, Zema mantém uma postura discreta sobre o pleito que ocorre em outubro. O governador é comedido ao comentar a disputa pelo Executivo de BH, mesmo sendo o principal nome do Partido Novo, que lançou uma pré-candidatura ‘puro sangue’ na cidade. A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, encabeça a chapa que compõe com o ex-deputado federal Lucas Gonzalez.

 

Eleições de 2022

 

O cenário pintado pelos resultados da pesquisa de março do Opus tem correlação com os números finais das urnas eletrônicas espalhadas por Belo Horizonte para as eleições de 2022. Na disputa pelo governo do estado, faturada por Zema ainda no primeiro turno, o governador levou a melhor na capital, conseguindo 46,56% dos votos contra 42,54% do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).

 

Do outro lado, embora vencedor no estado, Lula não conseguiu bater Bolsonaro em Belo Horizonte. No primeiro turno o petista teve 42,53% dos votos da capital contra 46,6% do então presidente. No segundo turno, o candidato do PL voltou a levar a melhor com 54,25% dos votos ante 45,75% do atual presidente.

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