O ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT) disse que as prisões dos suspeitos de serem os mandates do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ainda não representam o final do caso. Neste domingo (24/3), três pessoas foram presas após operação conjunta da Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público.
“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase. Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle”, escreveu Freixo.
A Operação Murder Inc, prendeu preventivamente o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE) Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa. Outros 12 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pelas autoridades.
- Operação prende três suspeitos de mandar matar Marielle Franco
- Quem são os presos suspeitos de serem mandantes da morte de Marielle Franco
Em janeiro, o site The Intercept havia reportado que o ex-policial militar Ronnie Lessa, executor do assassinato, delatou Domingos como um dos mandates do assassinato. A delação, no entanto, só foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, em decisão do relator Alexandre de Moraes.
Ainda de acordo com Freixo, o esclarecimento do caso ajuda a entender “o tamanho do buraco no Rio de Janeiro”. “O esclarecimento do assassinato de Marielle não diz apenas ao Caso Marielle, mas ao Rio de Janeiro. Ele diz respeito a ideia de que crime, política e polícia não se separam no Rio. A esse projeto em que matar é forma de fazer política”, disse em suas redes sociais.