BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), incluiu voto em sessão virtual da 1ª Turma em julgamento sobre a manutenção da prisão dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Além de Alexandre de Moraes, relator do caso, ele foi o único a fazer isso. Dino afirmou que o processo aponta para a possibilidade de desdobramento do caso em outros inquéritos.

 

"Pertinente acentuar que a leitura das peças processuais revela a possibilidade de configuração de um autêntico ECOSSISTEMA CRIMINOSO em uma unidade federada", disse Dino.

 

Segundo ele, o fato "pode gerar a continuidade das investigações, em um ou mais Inquéritos Policiais, a critério das autoridades competentes".

 



Os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin referendaram a decisão de Alexandre de Moraes, relator do caso. Faltam ainda os votos dos ministros Luiz Fux e Flávio Dino.

 

Estavam presos preventivamente, acusados de serem os mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

 

O ministro Alexandre de Moraes convocou a 1ª turma do STF para analisar as prisões preventivas dos três suspeitos de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco. A sessão virtual começou pouco depois da meia-noite e segue aberta até às 23h59.

 

Moraes havia autorizado a operação da Polícia Federal, chamada Murder Inc. que resultou na prisão dos irmãos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa. O ministro também levantou o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre os suspeitos do caso Marielle Franco.

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