O vídeo que mostra a manifestação dos motoristas de aplicativos que tomaram as ruas de Belo Horizonte, na segunda-feira (25/3), viralizou nas redes sociais. O grupo foi até a porta da Assembleia Legislativa (ALMG), no Bairro Santo Agostinho, e na Praça Sete, no centro da capital, para protestar contra a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de incluir a categoria no regime de Previdência Social.

 

Os motociclistas rejeitam a proposta por considerar que esse trabalho em plataformas como o iFood é mais usado para complementar a renda. Durante o protesto em BH, eles gritavam: “se o governo taxar, os motocas vão parar”.



Nas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou o vídeo. “Parabéns a todos os motoboys de Belo Horizonte e RMBH que estão novamente se manifestando, agora em frente à ALMG, contra o PLP 12/2024 do governo Lula. O ganha-pão de milhões de trabalhadores não pode ser destruído”, escreveu no X - antigo Twitter.

 

O vídeo também chegou aos parlamentares de São Paulo. O deputado federal Kim Kataguiri (UB-SP) disse: “Entregadores e motoristas de aplicativo estão deixando claro para o Governo Lula: não aceitam ser taxados, não aceitam sindicatos e querem ver LADRÃO NA CADEIA!”.

 

O protesto aconteceu em todo o Brasil contra a nova proposta de regulamentação da profissão. Os profissionais criticam o Projeto de Lei Complementar 12/2024 e pedem a retirada da urgência presidencial da proposta.

 

De acordo com a Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil (Fembrapp), uma das organizadoras da manifestação, a principal crítica do grupo é quanto à cobrança das corridas. Enquanto o PL do governo estabelece a remuneração básica de R$ 32,10 por hora, os profissionais desejam que a cobrança seja feita com base no quilômetro rodado e no tempo.

 

Uma das contrapropostas apresentadas pelo grupo é que seja cobrado R$ 2 por cada quilômetro rodado e R$ 0,40 por minuto. Durante a simulação de uma corrida de cerca de uma hora com deslocamento de 29 km, o motorista receberia R$ 56,26 hoje. No modelo proposto pelo governo, esse valor seria de R$ 32,08. Na contraproposta do grupo, R$ 81,42.

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