O projeto de lei que aumenta em 4% os salários dos servidores da Prefeitura de Uberlândia foi aprovado na Câmara Municipal, mesmo com críticas dos sindicatos e dos vereadores da oposição. O reajuste não recompõe perdas de 10 anos, segundo os trabalhadores.



 

Dos 26 votos possíveis para o texto, apenas o vereador Murilo Ferreira (Rede) votou contra. “Foi um voto de protesto. O prefeito mandou um projeto com reajuste abaixo do salário mínimo, que foi de 7%”, disse.

 

Os demais parlamentares opositores justificaram os votos favoráveis ao PL para que fosse garantido pelo menos o reajuste proposto pelo Município. Caso contrário, se barrado o texto, não haveria aumento em 2024.

 

O texto do prefeito Odelmo Leão (PP) acabou discutido sem qualquer alteração, incluindo o aumento do tíquete-alimentação dos servidores, que teve aumento de 30% e chegou a R$ 650. Os novos valores passam a ser pagos em abril.

 

Duas emendas da vereadora Cláudia Guerra (PDT) determinavam que os reajustes fossem retroagidos a janeiro deste ano, mas ambas as mudanças foram vetadas pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara. No plenário, não houve os 18 votos para a derrubada do veto.


Sem entusiasmo

Os sindicatos dos professores e dos servidores em geral do Município de Uberlândia pediam pelo menos 14% de reajuste para recomposição salarial. “É um tapa na cara do servidor esse projeto com apenas 4% de aumento. Tem servidor que vai ganhar menos que um salário mínimo, mesmo com esse aumento”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp), Ronaldo Ferreira.

 

Depois de uma greve de cinco dias de servidores, entre 11 e 14 de março, a Prefeitura de Uberlândia conseguiu uma liminar que determinava a ilegalidade do movimento.

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