Nova pesquisa do Datafolha mostrou melhora considerável na avaliação dos cidadãos sobre o Congresso Nacional, que obteve a melhor avaliação em 21 anos. No levantamento divulgado nesta quarta-feira (27/3), a Câmara dos Deputados e o Senado tiveram 22% de aprovação. No entanto, 23% desaprovam o trabalho dos parlamentares e 53% consideram regular.
Embora a porcentagem de 22% seja considerada pequena quando se analisa, por exemplo, a popularidade de um presidente, o número é considerado um bom resultado para avaliação do parlamento. Esse é o melhor resultado para as casas desde 2003, quando o Datafolha registrou 24% de avaliações com ótimo ou bom e 22% de ruim ou péssimo.
Em nota, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou que o resultado é “fruto do trabalho pelo desenvolvimento do país”. “Ao contrário de discussões vazias pelas redes sociais, que só servem para ampliar o ódio e passar a falsa impressão de trabalho, o Congresso tem histórico de serviços prestados. São entregas relevantes e concretas, dentro daquilo que verdadeiramente interessa ao Brasil”, disse.
O senador citou as reformas da previdência, trabalhista e tributária como os principais avanços dos últimos anos. Ele ainda pontua como marco as leis Paulo Gustavo, Aldir Blanc, para a cultura, e a Lei Geral do Esporte e a Sociedade Anônima do Futebol. No entanto, para Pacheco, ainda há muito para ser feito, como a discussão do fim da reeleição.
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“Igualmente, precisamos de um novo código eleitoral para a gente ter uma lei que seja igual a cada eleição, além de uma lei sobre a inteligência artificial, que até abril a gente pretende votar. Precisamos também inaugurar uma discussão muito relevante, que é a do gasto público. Precisamos combater o desperdício, os privilégios. Precisamos combater as fake news, a desinformação, que tem contaminado muito a sociedade brasileira”, frisou Pacheco.
O levantamento mostra ainda uma queda abrupta na reprovação em relação à pesquisa anterior. Em dezembro, a percepção negativa sobre o trabalho no Congresso era de 35%. Já a avaliação positiva subiu quatro pontos percentuais, enquanto o número de pessoas que considera a atuação dos parlamentares regular subiu 10%.
O Datafolha ouviu 2.002 pessoas entre 19 e 20 de março deste ano em 147 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.