Tributo às vítimas acontece na Praça Sete, no Centro da capital mineira -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Tributo às vítimas acontece na Praça Sete, no Centro da capital mineira

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

Uma exposição no centro da capital mineira traz à luz os rostos e os nomes dos 49 mineiros que foram vítimas da ditadura militar ou que ainda estão desaparecidos até os dias de hoje. A atração artística acontece na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, local de grande fluxo de pessoas, na manhã desta segunda-feira (1º/4), na data que marca os 60 anos da ditadura militar.

 

 

A exposição foi organizada pelo Carlos Calazans, Superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (MTE-MG). Quem passa pelo local, observa um cenário de memória e resistência. As imagens são acompanhadas das frases “memória, justiça e reparação” e “ditadura nunca mais!”.

 

 

O óptico Wellerson Borges de Oliveira, de 49 anos, passava pelo local e se interessou pela manifestação artística. Ele foi flagrado pela reportagem observando o retrato da estilista mineira Zuzu Angel, mãe do militante Stuart Edgar Angel Jones, torturado e assassinado pela ditadura. “Mulher promissora, batalhadora, estava à frente do seu tempo”, descreve Wellerson ao admirar o retrato da estilista.

 

Zuzu passou anos denunciando as arbitrariedades da repressão até morrer em um acidente de carro suspeito em 1976, conforme informa o "Memórias da Ditadura", portal do Instituto Vladimir Herzog.

 

 

À reportagem, Wellerson disse que não sabia da exposição e foi surpreendido. “Fui pego de surpresa, pois já estudei um pouco de Zuzu Angel, já estudei um pouco da ditadura militar, muitos foram injustamente, que é o caso da Zuzu Angel, que lutava por um ideal. Lutava por direitos da mulher, direitos da criança, do adolescente, do jovem, e de uma liberdade expressiva e política daquela época onde o Brasil era saturado, onde o Brasil era massacrado por uma ditadura inescrupulosa daquela época”, detalha.

 

 

“Que bom que tem pessoas que lembram dos cultos, das histórias das pessoas que fizeram alguma coisa, porque esse Brasil que está precisando, né?”, completou.