O Partido Socialista Brasileiro (PSB) lançou oficialmente, nesta terça-feira (2/4), a pré-candidatura de Paulo Brant à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Em evento no Mercado Central, o ex-vice-governador falou sobre suas principais propostas da capital e foi acompanhado pelo presidente do diretório mineiro do partido, o deputado estadual Noraldino Júnior e o ex-prefeito da cidade, Márcio Lacerda.
Economista e engenheiro civil, Brant foi secretário estadual de Cultura de Aécio Neves (PSDB) entre 2008 e 2010, período em que era tucano.
Posteriormente ele se filiou ao Novo, legenda pela qual foi eleito vice-governador em chapa encabeçada por Romeu Zema (Novo) nas eleições de 2018. Agora no PSB, o pré-candidato afirma que a disputa em Belo Horizonte ainda está aberta e aposta na indecisão do eleitor para conseguir votos em outubro.
Segundo Brant, Belo Horizonte precisa de uma administração com mais ousadia e projetos de longo prazo. Em entrevista, ele destacou o que considera os pontos que carecem de mais atenção na cidade.
“É difícil definir um, temos uns dois ou três que chamam mais a atenção, que são as dores mais evidentes. São eles a mobilidade urbana, o problema da segurança e os moradores em situação de rua, que são um retrato da nossa incapacidade de cuidar dos nossos irmãos, dos nossos concidadãos”, afirmou.
O evento de lançamento da pré-candidatura também marcou a reaproximação de Márcio Lacerda com o PSB. O ex-prefeito da capital por dois mandatos, entre 2009 e 2017, participou das tratativas que culminaram com o lançamento de Brant na disputa.
Leia mais: A quase um semestre da eleição, desafio em BH é 'ser mais conhecido'
Além de Lacerda, estava presente no Mercado Central o presidente da Câmara Municipal de BH e pré-candidato à prefeitura pelo MDB, Gabriel Azevedo. O vereador é notório opositor do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), e a relação entre Legislativo e Executivo na cidade foi um dos pontos comentados por Brant ao citar como sua experiência como vice-governador pode ajudá-lo em uma eventual gestão na PBH.
“É uma experiência muito rica porque nós assumimos o governo em uma situação de penúria e de incapacidade política, porque era um governo que não tinha maioria na Assembleia e tinha uma dificuldade enorme de aprovar qualquer projeto. Esse é um problema, inclusive, de Belo Horizonte hoje, onde a prefeitura e a Câmara não conversam. Brigam pelas redes sociais. Isso é um absurdo porque sem uma base no parlamento, ninguém consegue governar”, disse o pré-candidato.