Israel's Foreign Minister Israel Katz (L) speaks to reporters during his summons to Brazil's Ambassador in Israel Frederico Meyer (C) at the Yad Vashem Holocaust Memorial museum in Jerusalem on February 19, 2024. Brazil's President Luiz Inacio Lula Da Silva is not welcome in Israel until he apologises for comparing its ongoing war against Hamas to the Holocaust, the country's foreign minister said on February 19. (Photo by AHMAD GHARABLI / AFP)
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Ministro das Relações Exteriores israelenses, Israel Katz voltou a críticar o presidente Lula em suas redes sociais

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O chanceler de Israel, Israel Katz, voltou a atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (5/4). Em sua conta no X (antigo Twitter), ele ironizou um erro do brasileiro ao dizer que 12,3 milhões de crianças morreram na Faixa de Gaza. Na verdade, os ataques na região mataram 30 mil pessoas, sendo 12,4 mil crianças.

 

"Deveria haver uma lei que obrigasse toda pessoa que deseja se tornar presidente a aprender a contar", escreveu o ministro israelense. Desde o início da guerra, mais de 30 mil pessoas foram mortas em Gaza, sendo 12,4 mil crianças. Katz já fez outros ataques nas redes sociais contra Lula, em uma crise que levou à retirada do embaixador brasileiro de Israel, e o presidente foi declarado persona non grata no país.

 

 

Na quarta-feira (3), durante discurso na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o petista pediu aos presentes que levantassem a mão em homenagem às crianças que ficaram órfãs no Brasil por conta da pandemia da covid-19. Ele também citou as mortes entre palestinos, mas errou o número.

"São as crianças que, no Brasil, morrem de desnutrição porque ainda não recebem as calorias e as proteínas necessárias. Mas, sobretudo, é uma homenagem às quase 12,3 milhões de crianças que morreram na Faixa de Gaza, bombardeadas em uma guerra insana contra a humanidade", declarou o presidente.

 

Israel sofre críticas

 

O ataque do ministro israelense ocorre em um momento no qual seu governo sofre com fortes críticas pelo atentado que matou sete trabalhadores humanitários, sendo seis estrangeiros, no início da semana. Segundo Israel, o comboio humanitário foi atacado por engano.

 

Os Estados Unidos, principal aliado do país, declararam que só manterão sua ajuda caso Israel tome medidas para proteger a vida de civis. Já o Brasil, por meio do Itamaraty, criticou o ataque e a destruição do hospital Al-Shifa, o maior de Gaza, pelas forças israelenses. O governo brasileiro também apontou que já morreram mais de 200 trabalhadores humanitários no conflito, o maior número da história dentro de um período de um ano de guerra.