O ator e comediante Rob Schneider afirmou que o Brasil não é mais um 'país livre' e vive sob 'uma ditadura socialista'. O comentário publicado na noite desse domingo (7/4) aconteceu após o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), fazer uma série de comentários criticando as restrições judiciais impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ator de filmes como “Gigolô por acidente” (1999), “Animal” (2001) e "Gente Grande" (2010), Schneider respondeu a uma publicação do próprio Elon Musk para expressar sua opinião no assunto.
Musk, por sua vez, comentou a publicação do jornalista Michael Shellenberger dizendo que o país estaria 'à beira de uma ditadura'. Shellenberg inclusive acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes de estarem promovendo uma 'guinada ao totalitarismo'.
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“O que Lula e Moraes estão fazendo é uma absurda violação da Constituição Brasileira e da Declaração de Direitos Humanos das Nações Unidas. Neste momento, o Brasil ainda não é uma ditadura, ainda há eleições e os brasileiros possuem outros meios de confrontar o autoritarismo. Mas o STF e o Tribunal Superior Eleitoral estão interferindo diretamente nas eleições”, escreveu Michael Shellenberger.
Musk disse que a publicação do jornalista era 'muito precisa'. O bilionário foi incluído no inquérito das milícias digitais, relatado por Moraes no STF, após afirmar que passaria a descumprir ordens judiciais da Suprema Corte e liberar os perfis investigados por atos antidemocráticos.
As manifestações de Musk repercutiram ao longo do final de semana entre políticos da direita, jornalistas e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os nomes mais conhecidos está o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que em diversas ocasiões exaltou o dono da rede social.
Em nota, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Tribunal continuará a atuar na proteção das instituições e que toda empresa que opere no país está sujeita à Constituição Federal. "O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", escreve.