A primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (8/4), que os “ataques” do empresário Elon Musk, dono da rede social X (ex-Twitter), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), "não surpreendem". Segundo ela, a postura do bilionário faz parte de uma “ação coordenada contra a democracia”.
No fim de semana, Elon Musk havia afirmado que não cumpriria as decisões judiciais de Moraes e iria liberar os perfis suspensos pelo STF. As manifestações do empresário repercutiram entre políticos da direita, jornalistas e influenciadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que comemoraram a postura.
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Janja citou o próprio Moraes para afirmar que “redes sociais não são terra sem lei”. “As plataformas, além de obedecerem às decisões judiciais de cada país, devem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos dentro dela”, escreveu.
Novamente não me surpreende a postura do Sr. @elonmusk que, nos últimos dias, tem feito uma série de postagens atacando a soberania brasileira, personificando esses ataques ao Ministro do STF, @alexandre Alexandre de Moraes.
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) April 8, 2024
O anúncio de Musk de liberar contas que haviam sido…
Ainda de acordo com a primeira-dama, os perfis suspensos são utilizados para disseminar “fake news, ódio e misoginia”, além de “sustentar” os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023.
“Volto a repetir que esse tipo de ação do X, além de ser uma ação coordenada contra a democracia, também é uma ação que visa lucro e o mundo civilizado não pode ficar de joelhos frente a essa articulação da extrema direita, que tenta corroer nossa sociedade”, emendou.
Em resposta às publicações de Musk, Moraes incluiu o empresário no inquérito das milícias digitais. Janja ainda completou sua publicação pedindo a regulamentação das redes sociais, tema de atrito entre a esquerda e a direita brasileira.
Em nota, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Tribunal continuará a atuar na proteção das instituições e que toda empresa que opere no país está sujeita à Constituição Federal. "O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", escreveu.