O Coronel Rodrigo Piassi do Nascimento chama a atenção do Congresso Nacional -  (crédito: Ivan drummond)

Comandante-geral da PM, Coronel Rodrigo Piassi, foi convocado pela ALMG para falar sobre recomposição salarial da corporação

crédito: Ivan drummond

O comandante-geral da Polícia Militar (PM), Rodrigo Piassi do Nascimento, não atendeu ao convite da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que resolveu então convocá-lo para ir ao Legislativo, sob pena de sanção caso não compareça.

 

Se não puder atender à convocação, o comandante tem de apresentar uma justificativa no prazo de três dias e propor nova data e hora para comparecimento, caso contrário poderá ser alvo de crime de responsabilidade.

 

O pedido de convocação é de autoria do deputado Sargento Rodrigues (PL), presidente da comissão, e do deputado Caporezzo (PL). De acordo com os deputados, além de não comparecer, o comandante não justificou sua ausência.

 


O objetivo da reunião de hoje, agora remarcada para o próximo dia 16, era debater a defasagem salarial dos policiais militares e as ações que o comando tem adotado para reverter essa situação. De acordo com o Sargento Rodrigues, a PM acumula, desde 2015, uma perda salarial de 41,6%.

 

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“Um total desrespeito à comissão. A função de fiscalização nos obriga a cobrar informações. O comandante é a única pessoa autorizada a falar sobre política salarial na corporação. Queremos saber o que ele tem feito”, cobrou o deputado Sargento Rodrigues.

 

Em fevereiro, os policiais e integrantes das forças de segurança pública do estado fizeram uma manifestação em Belo Horizonte cobrando a recomposição das perdas inflacionárias.

 


Segundo o deputado, o governador Romeu Zema (Novo) assumiu o compromisso de recompor as perdas inflacionárias por duas vezes, mas não cumpriu. Ele ainda cobrou do governador o cumprimento da lei que obriga o Poder Executivo a divulgar, em janeiro, o percentual acumulado do índice de revisão geral anual da remuneração de seus servidores relativo ao exercício anterior.

 

A lei também obriga o envio dessas informações por meio de comunicação oficial à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia, o que ainda não ocorreu.

 

Outro lado

 

A reportagem procurou a PM para saber os motivos do não comparecimento do comandante-geral e se ele irá à próxima reunião e também como andam as conversas com o governo sobre a recomposição salarial da categoria, mas a corporação ainda não respondeu ao pedido de informação.