O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten criticou, neste domingo (14/4), o posicionamento do governo federal sobre os ataques do Irã contra Israel. Em suas redes sociais, Wajngarten alegou que o governo Lula escolheu um lado e disse que a "não condenação" à ação do Irã "encerra o mandato e qualquer chance de perpetuação e continuidade".
"Ao tomar o lado equivocado na ação do Grupo Terrorista Hamas em 7/10 e a não condenação nem repúdio do ataque da noite de ontem do Irã contra Israel, o Governo de ESQUERDA que ocupa o Brasil nesse momento, encerra seu mandato e toda e qualquer chance de perpetuação e continuidade. Agora nos resta olhar com lupa cada ato, porque teremos apenas corrupção e tentativas de esconder o que já está escrito nos livros de história", escreveu no X, antigo Twitter, na manhã deste domingo (14/4).
Ao tomar o lado equivocado na ação do Grupo Terrorista Hamas em 7/10 e a não condenação nem repúdio do ataque da noite de ontem do Irã contra Israel, o Governo de ESQUERDA que ocupa o Brasil nesse momento, encerra seu mandato e toda e qualquer chance de perpetuação e…
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) April 14, 2024
Até o momento, o único posicionamento do governo federal expressava "grave preocupação" com o conflito (leia o posicionamento do governo federal abaixo). Como mostrou o Estado de Minas, a declaração do governo federal encadeou uma série de cobranças dos políticos da oposição por um posicionamento que condene o ataque iraniano.
O descontentamento dos políticos à reação do governo brasileiro deve se tornar mais um motivo de tensão entre o governo federal e os bolsonaristas em relação ao conflito entre Israel e o Irã. Do lado governista, o assunto é pouco comentado.
Entenda o conflito Irã x Israel
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), o irã lançou centenas de drones aéreos e mísseis contra Israel neste fim de semana. Foi a primeira vez que o Irã realizou um ataque direto contra o território de Israel.
Segundo os militares israelenses, Israel e outros países interceptaram mais de 300 mísseis e drones, a maioria fora do espaço aéreo israelense.
Os israelenses afirmaram que pouco dano foi causado, mas ressaltou que as pessoas devem permanecer em alerta.
Posicionamento do governo federal
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel.
De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar um escalada no conflito.
Confira a nota na íntegra:
"Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.
Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.
O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.
O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.
O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado."