O ex-chefe de gabinete do ex-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Lucas Dib, de 35 anos, foi preso suspeito de estupro e cárcere privado no Rio de Janeiro. Ele foi encontrado por policiais civis nesta quinta-feira (18/4) em seu apartamento em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
A vítima é uma mulher de 31 anos que mora em São Paulo e estava de férias no Rio de Janeiro. De acordo com o depoimento prestado à polícia, Dib a obrigou a ter relações sexuais com ele. Além disso, ele também a ameaçou de matar tanto a ela quanto sua família.
Os dois teriam se conhecido em um aplicativo de relacionamento e marcaram um encontro. Depois de passar por três bares da Zona Sul do Rio, ele a convidou para conhecer seu apartamento, onde teriam ocorrido os assédios.
Segundo o relato da mulher, ela foi mantida em cárcere das 2h às 20h do dia 4 de abril. Lucas teria drogado a vítima para que ela não dormisse. Ele possuía equipamento de DJ e, conforme a denúncia dela, mantinha a música em alto volume para que os gritos de socorro não fossem ouvidos pelos vizinhos.
Lucas continuava a ameaçar a vítima. Segundo ela relatou, ele afirmava ser amigo de embaixadores e ministros, e que "tem uma empresa que sequestra mulheres para que sejam fornecidas e subjugadas por pessoas influentes que fazem parte de seu círculo social".
A vítima afirma ter sido resgatada após compartilhar sua localização na noite anterior e o perfil de uma rede social de Lucas em um grupo de amigos. Um conhecido dela foi procurá-la. Conforme o relato da mulher, ela convenceu o homem de que desceria à portaria do prédio para avisar à pessoa que estava tudo bem.
Além de ocupar o cargo no BDMG chefiando o gabinete do então presidente Sérgio Gusmão, Lucas Dib concorreu ao cargo de vereador por Marília-SP nas eleições de 2012 e chegou a ser chefe de gabinete do Desenvolve SP, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.