Barroso: 'O aborto deve ser evitado, e, portanto, o Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que quer ter filho' -  (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Barroso afirmou que o Brasil viveu um período de instabilidade

crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Correio Braziliense - O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que "a Suprema Corte não consegue vencer o extremismo sozinha". A declaração foi feita nesta quarta-feira (24/4) no Itamaraty, onde ele recebeu a Ordem de Mérito de Rio Branco e foi homenageado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

 

Barroso apontou que o Brasil viveu um período de instabilidade, mas que a reação das instituições permitiu o retorno da normalidade.

 

 

"O que houve no Brasil foi uma reação de um sentimento majoritário da sociedade pela preservação da democracia. A sociedade civil, a imprensa. Felizmente, podemos seguir a viagem institucional, que é feita de concordâncias, discordâncias, mas com civilidade, que andou faltando no Brasil durante algum tempo", declarou ele.

 

O magistrado também frisou, em um breve discurso, que o Brasil, atualmente, não tem condições de ser uma potência industrial. Mas ressaltou que é necessário avançar na proteção do meio ambiente e em projetos de desenvolvimento que não prejudiquem a natureza.

 

 

"Nós não estamos em condições de ser uma grande liderança industrial. Espero que um dia possamos ser. Mas nós temos condições de ser, embaixador, uma grande liderança ambiental. Esse é o papel que o Itamaraty, sob a liderança do presidente, pode ter. O Brasil tem energia limpa, tem a Amazônia. Estou muito confiante de que o Brasil possa ocupar esse lugar globalmente, inclusive desenvolvendo uma bioeconomia na Amazônia", completou o ministro.