"Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto", disse a empresa por nota -  (crédito: Pawel Czerwinski/Unsplash)

"Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto", disse a empresa por nota

crédito: Pawel Czerwinski/Unsplash

O Google informou, nesta quarta-feira (24/4), que vetará anúncios políticos nas eleições municipais de outubro. A proibição ocorrerá via Google Ads (o que inclui o YouTube), a exibição junto a resultados da busca e os demais tipos de publicidades contratadas pela ferramenta da empresa.

 

A medida ocorre após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar uma resolução para restringir o uso de inteligência artificial (IA), além de determinar a adoção de medidas de combate à circulação de fake news. A regra também tornou obrigatória a existência de bibliotecas de anúncios de conteúdo político eleitoral pelas plataformas.

 

A resolução do TSE prevê que essa medida é "de cumprimento permanente, inclusive em anos não eleitorais e períodos pré e pós-eleições".

 

"Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024", afirmou o Google, por meio de nota.

 

“Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto", completou a empresa.

Mudanças nas redes sociais


Segundo o TSE, as redes sociais deverão ser responsáveis por tomar medidas para impedir ou diminuir a circulação de desinformação ou conteúdos descontextualizados. A regra também prevê punição para as plataformas que permitirem a circulação de conteúdos inverídicos e criminosos.

 

A norma também regulamenta o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro, com a proibição de deepfakes — vídeos manipulados para parecerem autênticos — e a restrição do uso de chatbots (software que simula uma conversa com pessoas de forma pré-programada) e avatares (corpos virtuais) para intermediar a comunicação das campanhas com pessoas reais.