Deputado federal, André Janones (Avante), fez críticas à "prepotência" da esquerda -  (crédito: Câmara dos Deputados/Divulgação)

Deputado federal, André Janones (Avante), fez críticas à "prepotência" da esquerda

crédito: Câmara dos Deputados/Divulgação

O deputado federal André Janones (Avante-MG) disparou críticas aos políticos ideologicamente de esquerda. Em redes sociais, nesta quinta-feira (25/4), Janones afirmou que o campo da esquerda é cheio de "analfabetos digitais, ultrapassados e prepotentes".

 

Considerado um dos principais combatentes ao bolsonarismo nas redes sociais durante as eleições de 2022, e também no exercício de seu mandato, Janones critica a "prepotência" da esquerda de achar que o bolsonarismo morreu. O parlamentar afirmou que "torce" para que o campo progressista seja surrado nas eleições deste ano. A justificava dele é de que a esquerda tem estado em uma zona de conforto, enquanto a direita é mais organizada. 

 

Na opinião do parlamentar, a "derrota" nas eleições municipais irá mostrar que a esquerda precisa se mobilizar para impedir o retorno do bolsonarismo à Presidência da República em 2026. 

 

"Pelo bem do nosso campo, desejo que sejamos surrados nas eleições deste ano. O motivo? Impedir a volta do Bolsonarismo. Explico: a esquerda cirandeira que, infelizmente, ressuscitou com nossa vitória nas eleições presidenciais de 2022, em sua realidade paralela, alimentada por 'militantes' de rede social que sequer sabem o preço de um botijão de gás ou de um pacote de arroz, tinha a certeza que o Bolsonarismo estava morto. Ledo engano, a realidade está aí aos olhos de todos: eles estão cada vez mais unidos e, no mínimo, do mesmo tamanho que estavam ao final do segundo turno de 2022", opinou Janones no X (antigo Twitter).

 

Para Janones, a derrota ou vitória nas eleições municipais não é um fator decisivo para o resultado das eleições presidenciais, que ocorrem em 2026. "Porque (sic) torcer pelo nosso próprio fracasso nas urnas nas eleições deste ano? Porque as eleições municipais apesar de importantes, não são um fator decisivo para a eleição presidencial de 26, e um bom candidato resultado (sic), passará a falsa impressão para o nosso campo, de que estamos no caminho certo. O que, seguramente, pavimentará o caminho para a volta de Bolsonaro. 'Mas ele está inelegível' alguns dirão. E daí? Se a turma daqui continua de salto alto, vomitando um puritanismo falso e discutindo o uso ou não do 'todes', a turma de lá tem a exata compreensão de que estamos em uma guerra, e votará em QUALQUER um que represente os seus 'ideais'. Com um mal desempenho nas urnas esse ano (se não vai pelo amor vai pela dor), talvez liguemos o sinal amarelo e ainda dê tempo de mudar a rota", afirmou.

 

 

O deputado mineiro ainda usou como exemplo o caso do casal Henrique Nascimento, de 29 anos, e Wagner Soares, de 38 anos, que viralizou nas redes sociais depois que uma loja se negou a fabricar os convites de casamento deles por serem homossexuais.

 

"Sabe a empresa que se recusou a fazer convites de casamento de um casal homoafetivo? Pois é, ontem de manhã tinham 3 mil seguidores, agora já estão com 30 mil. O motivo é óbvio: mais visibilidade, mais conhecimento, mais probabilidade de alguém se identificar com aquele pensamento (sim, somos um país racista, misógino e homofóbico)", disparou.

 

 

"É óbvio? É, mas não para um campo como o nosso, repleto de analfabetos digitais, ultrapassados e que, do alto de sua prepotência, não conseguem se colocar no lugar de aprender e de acompanhar as mudanças. Amam o passado distante, onde formavam opinião e ditavam tendências, e agem como se fossem capaz de impedir as mudanças. Com o fracasso eleitoral deste ano, caso ele ocorra, aprenderão finalmente que, assim como cantou Belchior”, são eles que “amam o passado e que veem que o novo sempre vem.” Ele virá. Na verdade já está vindo, com ou sem nós, está vindo/já veio", finalizou.