Manifestantes bolsonaristas contrários a Lula e professores e servidores das instituições de ensino federal se estranharam em frente à fábrica de biomedicamentos Biomm, em Nova Lima, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta sexta da inauguração de uma planta industrial que retomará a produção de insulina glargina no país.
A Polícia Militar teve que intervir para evitar tumulto e estacionou uma viatura para separar os dois grupos.
Os opositores do presidente portam faixas contra o comunismo e também um banner onde chamam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de Judas e canalha, além de bandeiras do Brasil e Israel.
Os professores estão em greve desde a semana passada e o servidores desde março. Eles reivindicam melhorias na proposta salarial apresentada pelo Ministério da Educação que não prevê reajuste para este ano. Na manifestação dessa manhã, eles cobram diálogo com o "presidente sindicalista".
No local, os grevistas gritam palavras de ordem de apoio a Lula e cantam "A Internacional", música socialista. Enquanto os opositores, chamam os grevistas de pão com mortadela e gritam que "vieram de graça".
"Greve é direito! Fizemos o L e faremos novamente quantas vezes forem necessárias", diz uma das faixas dos grevistas.