Prefeito de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, Gleidson Azevedo (Novo) anunciou, nesta segunda-feira (29/4), a pré-candidatura à reeleição. A confirmação ocorreu durante coletiva de imprensa, em que foram abordados, dentre os assuntos, a morte de uma criança de 4 anos e as medidas para desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Até então, o irmão do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) tratava a tentativa à reeleição como incerta. O anúncio veio duas semanas antes da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Divinópolis, no dia 11 de maio.
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"Deus tocou meu coração nesse último fim de semana, e fiquei todo o tempo com minha esposa para mostrar para a população divinopolitana que isso é só o início. Para aqueles que falei que estava decidindo, sou pré-candidato a prefeito de Divinópolis de novo. Para uma grande maioria que me quer, para uma pequena minoria, que é nojenta, que vai ter que surtar ainda", disparou.
Crime eleitoral
O anúncio veio seguido de uma denúncia por suposto crime eleitoral. A deputada estadual Lohanna França (PV) denunciou Azevedo ao Ministério Público apontando abuso de poder, além de propaganda extemporânea.
Ela alega que o prefeito usou a máquina pública para promover a candidatura, já que o comunicado ocorreu em uma coletiva de imprensa convocada pela prefeitura. "O que configura abuso de poder político e fere a igualdade no processo de eleições municipais do corrente ano, bem como a proteção dos princípios democráticos", disse.
Lohanna classificou a fala do prefeito como "lamentável". "Diante de situação séria e triste, utilizar-se de uma coletiva de imprensa convocada pela prefeitura municipal para lançar sua pré-candidatura à reeleição foi um absurdo e expõe o aparelhamento da máquina pública", declarou.
Conforme a denúncia, os fatos evidenciam que o prefeito utilizou-se da estrutura da administração pública enviando um recado para centenas de pessoas que assistiram a live. Houve transmissão pelo perfil oficial da prefeitura. O documento aponta ainda "o número incalculável de pessoas que receberam o 'corte' da fala, via mensagem de WhatAapp, e/ou visualizaram reportagens que fazem menção ao lançamento da pré-candidatura".
*Amanda Quintiliano/Especial para o EM