O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) subiu no plenário da Casa nesta terça-feira (2/4) dizer que se alguém quisesse saber o porquê de Jair Bolsonaro (PL) ter passado duas noites na embaixada da Hungria deveria perguntar à ex-primeira-dama Michelle (PL).

 

 

 

"Não vejo nenhum problema em ter passado uma noite na embaixada. Meu marido é fiel. Confio nele plenamente", afirmou Michelle Bolsonaro em áudio mostrado pelo parlamentar. Ela ainda disse que o "marido é um homem digno, justo, honesto, de valores que ama sua nação, que sempre trabalhou por ela".

 



Entretanto, as suspeições sobre a estadia do ex-presidente na embaixada não são relativas a algum suposto relacionamento extraconjugal, mas sim em relação a uma suposta tentativa de pedido de asilo ou fuga das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

 

As imagens postadas pelo jornal americano The New York Times mostram a chegada de Bolsonaro à embaixada húngara dias após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF) durante uma operação.

 

A Convenção de Viena sobre Relações Consulares, realizada em 1963, determinou que "os locais consulares serão invioláveis" e que "as autoridades do Estado receptor não poderão penetrar na parte dos locais consulares (...), a não ser com o consentimento do chefe da repartição consular".

 

A defesa de Bolsonaro alegou, após o ministro Alexandre de Moraes dar 48 horas para que a estadia fosse explicada, que o ex-presidente mantém "interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos da política internacional".

 

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Apesar de ter uma residência a poucos minutos do local da embaixada, o ex-presidente Jair Bolsonaro passou duas noites na representação diplomática.

 

Aliado de Bolsonaro, Cleitinho prosseguiu na sua tese de que a estadia do ex-presidente no local é de preocupação de sua cônjuge.

 

"Ela que tem que preocupar, se ela não está preocupada, por que vocês estão preocupados? (...) Respeite a família do Bolsonaro", disse.

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