A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, reafirmou nesta quarta-feira (3/4) o seu compromisso no combate à violência contra mulheres. As declarações foram feitas um dia após o filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luiz Cláudio Lula da Silva, o Lulinha, ser acusado de agressão doméstica contra a companheira.

 

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Em agenda oficial e ao lado de outras mulheres, Janja afirmou que “essa (defesa das mulheres) é uma pauta que eu vou continuar levando. Às vezes ela é difícil, sim, mas ela é necessária”. Apesar da declaração, a primeira-dama não mencionou o caso de agressão do filho de Lula.

 



Lulinha, de 39 anos, foi denunciado por sua companheira, uma médica de 29 anos, por agressão física e psicológica. O registro da ocorrência foi feito na tarde dessa terça-feira (2/4), na Delegacia da Mulher, em São Paulo. Luís Cláudio e a denunciante viviam em união estável há dois anos.

 

Durante o depoimento dado por telefone, a mulher relatou que desde o final de janeiro tem havido desentendimentos com o companheiro e que, em uma ocasião, Luiz Cláudio teria lhe dado uma cotovelada na barriga. A médica também contou à polícia que, em várias ocasiões, sofreu abusos psicológicos, sendo insultada por Lulinha com termos como "vagabunda", "gorda", "feia" e "doente mental".

 

À polícia, a mulher também relatou que não havia registrado boletim de ocorrência anteriormente por medo, "uma vez que o autor das agressões é filho do presidente da República", e que ele teria usado essa condição para ameaçá-la, afirmando que "acabaria com a sua alma" e dizendo que ninguém acreditaria em sua versão.

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