Ao cometer uma gafe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se tornou alvo dos parlamentares da oposição. Nessa quarta-feira (3/4), ao se referir às crianças mortas na Faixa de Gaza, o presidente disse que 12,3 milhões de crianças morreram "bombardeadas em uma guerra insana contra a humanidade". 

 

Na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, Lula pediu que os presentes no evento levantassem as mãos em forma de homenagem.



“Uma demonstração da nossa solidariedade a quase 735 milhões de pessoas, dentre os quais muitas crianças que vão dormir toda noite sem ter um copo de leite pra tomar ou um pedaço de pão pra comer. Às crianças, às quase 40.000 que morreram e ficaram órfãs de pai e mãe por causa da COVID. São as crianças, que no Brasil morrem de desnutrição porque ainda não recebem as calorias e as proteínas necessárias, mas, sobretudo, é uma homenagem as quase 12 milhões e 300 mil crianças que morreram na Faixa de Gaza, em Israel, bombardeadas em uma guerra insana contra a humanidade”, disse Lula.


 

Em fevereiro deste ano, o Ministério de Saúde da Palestina afirmou que o número de mortos na Faixa de Gaza supera 30 mil pessoas. O erro de Lula tem sido por parlamentares da oposição. 

 

"Lula pode não saber contar, mas mentir ele sabe. E mente de maneira profissional. Impressionante!", disparou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contra o presidente. "Mente desavergonhadamente", disse a deputada federal Bia Kicis (PL-DF). "Todo dia é primeiro de abril pra esse canalha", opinou também o deputado federal Junio Amaral (PL-DF).

 

 

Já o advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten disse que irá peticionar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação pedindo explicações sobre a fala do presidente. 

 

"Não é possível. 12 milhões e 300 mil crianças mortas por Israel????? Eu vou peticionar na corte e vou fazer um pedido de explicações referente a essa fala. A mentira, a dissimulação, a invenção ainda tem limite no Brasil.", disse.

 

 


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