A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia de Minas realizará uma audiência pública nesta quarta-feira (10/4) para cobrar da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) quais ações foram e estão sendo feitas para combater assédio a mulheres na instituição. A audiência foi requerida pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).

 

Em 15 de dezembro de 2023, também por solicitação da deputada Beatriz Cerqueira, foi realizada uma audiência na mesma Comissão. Naquela ocasião, participantes apontaram que as denúncias de assédio não estavam recebendo encaminhamento adequado na Polícia Civil. Além disso, a prática da instituição era punir os denunciantes.

 

 


 

Além das denúncias de assédio, também foram relatadas punições dos denunciantes com medidas administrativas e até perseguição.

 

 

Ainda de acordo com as denunciantes, não há apuração interna dos casos e não existe responsabilização dos assediadores, o que gera o crescimento do número de adoecimentos em função do ambiente tóxico de trabalho.

 

 

Naquele momento, uma das principais reclamações era de que nada havia mudado, mesmo depois de a escrivã Rafaela Drummond, de 32 anos, ter sido encontrada morta pelo pai dentro de casa, em junho de 2023, na cidade de Antônio Carlos, na Região Central do Estado. Ela sofria assédios e outros tipos de pressão psicológica.

 

 

“O que queremos é saber da Corregedoria como está sendo feito o enfrentamento ao assédio na Polícia Civil. Fizemos uma audiência em dezembro, e vários pontos ficaram abertos. Agora queremos saber o que foi feito”, declarou a deputada Beatriz Cerqueira.

 

 

Vale relembrar que, na mesma audiência, a Polícia Civil destacou medidas adotadas para coibir os assédios. Essas ações já teriam levado, de acordo com o órgão, ao aumento do número de denúncias.

 

 

Para esta nova reunião, além da Corregedoria da Polícia Civil, foram chamadas policiais que fizeram as denúncias, além de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública.

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