A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal aprovou um requerimento para ouvir o empresário americano Elon Musk, nesta terça-feira (9/4). O bilionário, dono da Tesla, SpaceX e da rede social X (ex-twitter), acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), de abuso de poder e práticas autoritárias.

 

 

Musk, caso aceite o convite, deve ser ouvido em um debate sobre a divulgação dos documentos chamados pela ala bolsonarista do Congresso de “Twitter Files Brazil”. O empresário afirma ter provas de que Moraes ameaçou funcionários do X para que decisões judiciais sejam cumpridas.

 

 

O debate foi requerido pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que, em suas redes sociais, classificou o caso como um “escândalo” que revela a “censura política no país”. Elon Musk pode participar do debate de forma virtual.

 

No fim de semana, o empresário ganhou os holofotes ao chamar Moraes de ditador e afirmar que iria liberar os perfis suspensos por decisão do magistrado, no âmbito do inquérito das milícias digitais. Musk afirma que o ministro colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma “coleira” e que o mandatário não age contra Moraes.

 

Musk também afirma que divulgaria provas após deslocar a equipe do X no Brasil para um local seguro, uma vez que, segundo o empresário, “estariam sendo ameaçados de prisão”.

 

Em nota divulgada nessa segunda-feira (8/4), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que toda empresa que opera no país deve cumprir a constituição e que decisões judiciais não podem ser descumpridas deliberadamente.

 

Já Lula não citou Musk, mas em discurso mandou uma indireta ao empresário. “Hoje temos gente que não acredita que o desmatamento e as queimadas prejudicam o planeta Terra, e muita gente não leva a sério o que significa manutenção das florestas, da vida no planeta e que não tem para onde fugir. Tem até bilionário tentando fazer foguete, viagem, para ver se encontra lugar lá fora", afirmou.

 

"Ele [bilionário] vai ter que aprender a viver aqui, utilizar o muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui, melhorar a vida das pessoas", completou.

 



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