O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), subiu o tom contra o ministro Alexandre Padilha (PT), da Secretaria de Relações Institucionais. Em coletiva, nesta quinta-feira (11/4), o deputado afirmou que o responsável pela articulação entre o governo Lula e o Congresso Nacional é um “desafeto pessoal” e um “incompetente”.

 

Lira foi questionado sobre a votação que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. A sessão dividiu parlamentares do Centrão, maior grupo da Câmara e alinhado com o presidente da Casa.

 

Com a sucessão da presidência da Câmara em jogo, foi especulado que o resultado favorável da sessão poderia representar um enfraquecimento do deputado. Segundo Lira, a informação foi divulgada por Padilha.

 

"Essa notícia foi vazada do governo, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro que ontem [quarta-feira] a votação foi de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver", afirmou Lira.

 

O presidente da Câmara ainda classificou como “lamentável” e disse que integrantes do governo ficam “plantando mentiras”.

 

"É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, notícias falsas, que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim", completou.



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