Embora já tenha dividido o palanque com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Romeu Zema (Novo) disse ter diferenças ideológicas com o ex-chefe do Executivo brasileiro. Perguntado se é bolsonarista, o governador negou. Para o mineiro, a aproximação com ex-presidente aconteceu naturalmente e foi devido à polarização entre esquerda e direita no país.
Em café da manhã com jornalistas - o primeiro depois de 6 anos à frente do governo mineiro -, Zema afirmou que estará presente na manifestação em defesa a Bolsonaro que deve acontecer no próximo mês em Belo Horizonte.
Na segunda-feira (22/4), o Estado de Minas publicou que o Partido Liberal (PL) mineiro estuda repetir os atos da Av. Paulista e Copacabana em Belo Horizonte. Questionado sobre sua presença nos atos, assim como foi em São Paulo, disse que “com toda certeza” estará presente. “Temos um adversário em comum”, concluiu o governador.
Embora tenha ficado claro que Zema está ao lado do ex-presidente por não compactuar com a esquerda, o chefe do Executivo mineiro citou que não tem interesse na pauta de costumes tão defendida por Bolsonaro. Ele inclusive chegou a dizer que seu diálogo com Bolsonaro é quase nulo e só acontece quando existe um interesse em comum.
Questionado se é bolsonarista ou não, governador chegou a brincar com o assunto. "Não é bem assim...", afirmou para os jornalistas presentes. O governador também citou um incômodo com a gestão de Jair Bolsonaro frente à pandemia de COVID-19. “Pessoas morrendo e ele fazendo brincadeiras de mau gosto”, disse o governador.
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Romeu Zema recebeu jornalistas mineiros na sede do BDMG. Não foi permitida a entrada de câmeras ou gravadores. Na entrevista, ele abordou a questão da dívida mineira e outros assuntos, como seu protagonismo dentro do Novo, planos para 2026 e a relação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.