O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu nesta terça-feira (23/4) a condenação do prefeito de Ipatinga, na Região do Vale do Aço, Gustavo Nunes (PL), por improbidade administrativa. O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Carlão Oliveira, também foi alvo da Ação Civil Pública (ACP).
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"Em dois dias de jogo no Estádio Municipal João Lamego Netto, conhecido como Ipatingão, o prefeito da cidade teria utilizado o sistema de sonorização local diversas vezes para fazer um ato de publicidade das obras de seu governo, com o enaltecimento de sua figura e personalização dos feitos, inclusive com menção expressa do seu nome", revelou o órgão.
De acordo com relatos de torcedores que denunciaram o fato na Promotoria de Justiça, as propagandas teriam ocorrido antes do jogo, durante o intervalo e depois do término da partida.
O MPMG pediu que Nunes e Carlão paguem danos morais coletivos nos valores de R$ 100.406,15 e R$ 59.669,95, respectivamente. Além disso, o órgão requer que ambos sejam condenados ao pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração deles, bem como sejam proibidos de contratar com o poder público e de receber benefícios ou incentivos fiscais, ou creditícios.
Outro esquema
Em outubro do ano passado, Nunes foi alvo de outra ACP do Ministério Público, junto com três ex-secretários de Saúde, um ex-secretário municipal adjunto de Saúde, dois ex-secretários municipais de Governo, duas empresas de comunicação e três representantes comerciais também são alvos da ação.
O grupo é acusado de participar de um esquema que beneficiava um jornal local com contratos irregulares com o executivo desde 2016. Segundo o MPMG, ao todo, os contratos podem chegar a R$ 14 milhões.