Alvo de uma ação no Conselho de Ética, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) usou a palavra na reunião desta quarta-feira (24/4) para garantir que irá provar sua inocência e que, depois que obtiver essa sentença, pedirá a retratação dos que o acusaram de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSol, crime que vitimou também o motorista Anderson Gomes. Ele está preso desde 24 de março.

 

Brazão falou por pouco mais de dois minutos, em videoconferência da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS). O deputado afirmou também que compreende a pressão que os seus pares estão vivendo nesse momento por se tratar de um crime de "grande relevância" e disse haver pressão da "grande mídia".

 

 


 

"Sei da seriedade do crime ocorrido. O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e vou provar. Sei que não há muito o que dizer, pela grande relevância do crime ocorrido. E sei como a Câmara dos Deputados está nesse momento, os deputados que aí estão. Ao final de tudo isso, eu provando e provarei minha inocência, que pudessem outros que se retratassem futuramente em relação à minha família, meus filhos, meus netos e meus irmãos, que estão sofrendo muito devido à opinião popular. E o alcance do deputado é muito grande", disse Brazão, na sua segunda manifestação numa comissão da Câmara desde que foi preso. A primeira, foi na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

"Vou resumir que sou inocente e provarei minha inocência. E compreendo o momento que vocês estão passando, com a grande mídia forçando em cima. Sei o que é o parlamento", frisou.

 

 

 

A nova lista tríplice de deputados da qual será escolhido o nome do relator da ação contra Brazão no Conselho de Ética, agora, conta com três parlamentares do PT. Essa situação foi provocada pela desistência de Rosângela Reis (PL-MG). O sorteado em seu lugar foi o petista Jorge Solla (BA). Os outros dois do PT que já estavam na lista de possíveis relatores são Jack Rocha (ES) e Joseildo Ramos (BA).

 

Caso Glauber

 

O presidente do conselho, Leur Lomanto (União-BA), também sorteou hoje os três deputados de onde sairá o relator da representação contra Glauber Braga (PSol-RJ), que, na semana passada, após ser provocado, expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do prédio do Congresso Nacional.

 

Dois dos três listados são do PL, que são Cabo Gilberto Silva (PB) e Rosângela Reis (MG). O terceiro da lista é Sidney Leite (PSD-AM).

 

Braga se defendeu no conselho, nesta quarta, e pediu um julgamento justo. O parlamentar reafirmou que não cometeu qualquer quebra de decoro parlamentar. "Não vou me dobrar à milícia fascista", destacou.

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