O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (25/4) que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é "motivo de orgulho" para o país. O petista pediu a seus ministros que se reúnam com a estatal para ouvir as demandas dos pesquisadores, como a necessidade de mais recursos.

 

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O chefe do Executivo participou hoje do evento "Embrapa 50+: a revolução do futuro começa agora", que celebra os 51 anos da empresa. Também compareceram ministros do governo, bem como a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

 

“Estranhei muito quando a Silvia disse que havia 14 anos que não vinha um presidente visitar a Embrapa. Não consigo entender como você tem o único e mais importante centro de produção de conhecimento neste país na área agrícola, e você passa 14 anos sem ter um presidente da República vindo aqui", discursou.

 



 

Lula citou o trabalho da Embrapa para aumentar a fertilidade do Cerrado brasileiro, e o combate à gripe suína e à gripe aviária. E disse ainda que é preciso investir mais na Embrapa. "A cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna para este país milhares de reais, que se transformam em dólares", afirmou.

 

Dirigindo-se aos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), o presidente pediu que as pastas ouçam as demandas da estatal.

 

"Façam uma reunião para a gente discutir quais são as necessidades da Embrapa, para que a gente possa atender", frisou.

 

O presidente Lula também participou da assinatura de sete acordos estratégicos no evento, sendo dois internacionais e cinco com órgãos e ministérios brasileiros. Os pactos visam o desenvolvimento tecnológico da agropecuária e o compartilhamento de dados.

 

Estavam presentes na cerimônia os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).

 

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Acordo

 

O acordo do Ministério da Agricultura com o Banco Mundial visa promover projetos para um setor agroalimentar mais sustentável e inclusivo nos países em desenvolvimento, especialmente os da África, com compartilhamento de conhecimentos e pesquisadores nos países onde o banco tem sede. Já com a Jica, agência do governo japonês responsável pela implentação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA), o pacto foca na colaboração entre agritechs brasileiras e japonesas.

 

Com a Fazenda, o acordo de cooperação foca no desenvolvimento da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), atraindo investimentos para projetos ecológicos. O pacto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por sua vez, visa a cooperação em pesquisas envolvendo a agricultura familiar. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atuará no compartilhamento de dados sobre o agronegócio brasileiro.

 

A parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pretende aprimorar o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa, usado para monitorar as metas para redução de emissões. Finalmente, a cooperação com o Consórcio do Nordeste visa apoiar o desenvolvimento tecnológico dos produtores da região.

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