O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou nesta sexta-feira (3/5) que o governo federal aguarda o fim das chuvas para mensurar quanto dinheiro será usado na reconstrução do Rio Grande do Sul e de parte de Santa Catarina.
"Está chovendo ainda. Portanto é impossível que qualquer pessoa saiba qual é o estrago que nós vamos ter. (...) Boa parte do estado está debaixo da água. Não sabemos quais serão as condições das estradas, pontes, bueiros, não sabemos como vai ser a questão que envolve o setor produtivo. (...) Vamos mensurar o estrago quando a água descer", disse o ministro durante coletiva em Brasília.
Pimenta afirmou que ele e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT-AP) foram encarregados de coordenar as ações do governo federal na região. Ele disse que as ações estão divididas em: resgate de vítimas; restabelecimento da limpeza, desobstrução de vias, restabelecimento da internet e energia, regularização do fornecimento de combustívéis, de remédios, do abastecimento de água potável e de alimentos; apoio humanitário as pessoas que estão desabrigadas.
Ao ser questionado quanto recurso seria destinado para as ações e de onde sairia os valores, Pimenta afirmou que ainda não é possível determinar o valor.
"A parte orçamentária vai ocorrer a partir do momento que chuva parar. Vai ter um crédito emergencial através de uma medida provisória para essas primeiras ações, mas como já disse é impossível dizer a quantia de recurso necessário para que possamos apoiar na reconstrução, na retomada da atividade econômica fundamental para a manutenção dos empregos que estão sendo duramente atingidos nesse momento", explicou o ministro.
Na quarta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ao governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) que não haveria limite para ajuda disponibilizada pela União.
Até o momento mais de 235 cidades foram atingidas pelas fortes chuvas, o que afetou mais de 350 mil pessoas. A Defesa Civil informou que 37 pessoas morreram em decorrência dos temporais e 74 estão desaparecidos.
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Mais de 31 mil pessoas tiveram que sair de suas casa, sendo que 23 mil estão desalojadas, na casa de familiares ou amigos, e os outros em abrigos.