BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a morte da deputada federal Amália Barros (PL-MT) na madrugada deste domingo (12), o ex-deputado federal Nelson Barbudo, primeiro suplente do PL em Mato Grosso, vai assumir a vaga do partido na Câmara dos Deputados.
Barbudo foi deputado federal de 2019 a 2022, mas recebeu cerca de 53 mil votos nas últimas eleições e não conseguiu se reeleger. Com a morte de Amália, ele deve tomar posse e voltar à Câmara para um novo mandato até o início de 2027.
Assim como em sua primeira passagem pelo Congresso, Barbudo deve engrossar a bancada ruralista. O parlamentar foi relator de um projeto de lei que autorizava a caça de animais silvestres e apresentou outro para limitar o valor de multas ambientais.
O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, disse à Folha que Barbudo já se preparava para voltar temporariamente à Câmara dos Deputados neste ano no lugar de Abílio Brunini (PL-MT), pré-candidato à prefeitura de Cuiabá.
Ananias afirmou esperar que um dos parlamentares da bancada estadual assuma as causas de Amália, pela inclusão social e em defesa dos direitos de pessoas com deficiência. O presidente disse que a deputada "fez história" em sua breve passagem pela política.
"Ela deixou um marco. Foi um meteoro e deixou um rastro de luz muito grande em Mato Grosso. Nós só temos a agradecer. Esse pouco tempo que ela nos deu foi com muita luta e muita dedicação. A gente não acredita que ela está Amália Barros deve ser enterrada nesta segunda (13) em sua cidade natal, Mogi Mirim, a cerca de 155 km de São Paulo.
Vice-presidente do PL Mulher e uma das aliadas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a deputada estava internada desde o dia 1° de maio para retirada de um tumor no pâncreas. Neste período, passou por quatro procedimentos médicos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), lamentou a morte de Amália pelas redes sociais. Lira publicou uma foto ao lado da congressista e a definiu como "uma jovem lutadora pelas causas do Mato Grosso e da visão monocular".
"Ainda sem ter assumido o mandato, me procurou na Câmara dos Deputados para a aprovação da Lei 14.126/21, do qual foi incansável articuladora e que classifica a visão monocular como deficiência sensorial e estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Uma conquista ímpar para o segmento."
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ter recebido a notícia com pesar: "A parlamentar marcou sua breve carreira política pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Envio meus sentimentos aos familiares e aos amigos da deputada".