O mundo está solidário ao Sul, independentemente da exploração eleitoreira que se mostra latente na tragédia.
 -  (crédito: Nelson Almeida/AFP)

O mundo está solidário ao Sul, independentemente da exploração eleitoreira que se mostra latente na tragédia.

crédito: Nelson Almeida/AFP

Chama a atenção a mobilização internacional para a tragédia no Rio Grande do Sul. Governos, organizações multilaterais, empresas e brasileiros no exterior se juntaram no esforço para mitigar o sofrimento das vítimas da maior tragédia ambiental ocorrida no estado. Uma das iniciativas, por exemplo, foi anunciada pela embaixada dos Estados Unidos. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) anunciou o repasse de mais R$ 260 mil para o socorro às vítimas. A ajuda norte-americana ao Sul já passa de R$ 1 milhão.

 


Empresas como a Boeing e a Latam também estão engajadas. Na sexta-feira, um avião proveniente de Portugal trouxe 300 quilos de doações da comunidade brasileira no país europeu.

 


A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, tem acompanhado in loco o acolhimento e a assistência às vítimas das enchentes. A entidade oferece auxílio financeiro, assistência psicossocial e distribuição de itens essenciais nos locais atingidos. A entidade abriu um canal na qual é possível fazer doação mensal ou única para os gaúchos. O mundo está solidário ao Sul, independentemente da exploração eleitoreira que se mostra latente na tragédia.


• Apelo antigo

 

“Eu tenho pedido aos ministros também para aliviar a burocracia. A gente sabe que tem a disponibilidade de recursos, a boa vontade, mas é importante ter uma força-tarefa para vencer a burocracia”, dizia o governador gaúcho Eduardo Leite em setembro de 2023, após a passagem de um ciclone extratropical no estado. “Porque são dados, planilhas, planos de trabalho, tudo o mais, que, se a gente deixar, a burocracia nos consome. E a vida das pessoas continua aqui sendo afetada, sem ter a ponte, sem ter a estrada, sem ter a casa, sem ter a reestruturação do posto de saúde”, continuou.

 


• Menos burocracia

 

Ante o desastre de proporções bíblicas que se abateu sobre o estado nas últimas semanas, espera-se que esse apelo seja levado em conta. A situação vulnerável dos municípios e a força dos eventos climáticos impõem uma nova resposta do poder público para as emergências ambientais. De nada adiantarão ministérios extraordinários ou autoridades climáticas se poderes públicos e sociedade não se organizarem para prevenir e/ou mitigar as consequências de catástrofes como a que ocorre no Rio Grande do Sul.

 

 


• Jabuti na linha

 

Já se passaram duas semanas e a Câmara dos Deputados ainda não votou o PL do projeto do governo chamado Mover, que estabelece os parâmetros da política pública para a nova indústria automobilística com combustíveis renováveis. O impasse ocorre por causa do “jabuti” colocado no projeto que retorna a taxação de importação do e-commerce de compras de até US$ 50 para proteger a indústria brasileira.

 


•  Contra ou a favor?

 

É grande a controvérsia no tema. A indústria nacional e o ministro Fernando Haddad são a favor da taxação. Mas há defensores da isenção, como a primeira-dama, Janja, além das grandes empresas varejistas globais, como a Shein. A oposição, por sua vez, é favor da taxação. Mas não quer deixar o PT votar contra a isenção e aparecer junto à sociedade como “defensor” do consumidor. E a novela continua.

 


• Repartindo o pão

 

A segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin, participa da formatura de alunos do projeto Padaria Artesanal, na próxima terça-feira, a partir das 8h, no Instituto Nossa Senhora do Brasil (Inoseb), em Brasília (DF). A turma de formandos conta com 62 surdos. Idealizado em 2001 e lançado no DF em novembro do ano passado, o projeto idealizado por Lu Alckmin já qualificou 669 pessoas. Em Brasília, a iniciativa do Inoseb tem parceria com o Colégio Marista.