Presidente da Câmara de Ibiá, a vereadora Roberta Rodrigues foi denunciada ao Ministério Público por postagem em suas redes sociais -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Presidente da Câmara de Ibiá, a vereadora Roberta Rodrigues foi denunciada ao Ministério Público por postagem em suas redes sociais

crédito: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Minas Gerais aceitou a denúncia da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para averiguar se uma postagem da presidente da Câmara Municipal de Ibiá, a vereadora Roberta Rodrigues (Patriota) viola os direitos humanos da comunidade LGBTQIA+. Um inquérito foi aberto e a Polícia Civil irá investigar o texto.

 

Na publicação realizada no dia 9 de maio, a parlamentar postou que os "machos tóxicos" que ajudam as pessoas atingidas pelas enchentes que afetaram boa parte do Rio Grande do Sul e que os movimentos LGBTQIA+ não atuam nessa direção.

 

"Não vi travestis, transgêneros, feministas de cabelo azul e sovaco cabeludo ajudando nas enchentes, também não tinha bandeirinha de arco-íris e de movimentos LGTVHDM14K+ - Resumindo nas horas mais difíceis sãos os machos tóxicos que salvam o mundo, sempre foi e sempre será assim", publicou Rodrigues.

 

A Comissão entende que a publicação busca associar negativamente pessoas trans a uma tragédia climática que vem causando destruição na região Sul do Brasil.

 

A presidente da Comissão, Andréia de Jesus (PT), solicitou que a publicação seja retirada.

 


“É lamentável o que este post faz: uma tentativa de apagamento da humanidade das pessoas, como se a população LGBTQIAPN+ não fosse parte da sociedade, não sentisse solidariedade e não cumprisse seu papel na contribuição e auxílios às vítimas da tragédia climática do Rio Grande do Sul. E, pior, como se não tivessem pessoas LGBTQIAPN+ também vítimas das tragédias climáticas”, ressalta.