O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a atuação de Lula em relação às políticas ambientais de combate às queimadas via publicação no X (antigo Twitter), usando uma reportagem da Revista Oeste, intitulada “Número de queimadas aumenta mais de 80% no país”. De acordo com o veículo, o Brasil ultrapassou a marca de 17 mil focos de incêndio nos quatro primeiros meses deste ano.
As fotinhos em clima de lua de mel com Macron eram puro teatro. Lula nunca se importou com o meio ambiente!
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) May 23, 2024
Enquanto alguns de seus amigos queimam a erva, Lula deixa queimar a Amazônia! pic.twitter.com/a192O70RnQ
Na legenda da publicação, o senador escreveu: “As fotinhos em clima de lua de mel com Macron eram puro teatro. Lula nunca se importou com o meio ambiente! Enquanto alguns de seus amigos queimam a erva, Lula deixa queimar a Amazônia!”.
A pesquisa divulgada na reportagem foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o levantamento, o período de 1º de janeiro a 29 de abril de 2023 registrou mais de 17 mil focos de incêndio no território nacional, representando um aumento de 81% em comparação ao mesmo período de 2023.
Embora a crítica de Flávio Bolsonaro seja ao presidente Lula, a reportagem mencionada pelo senador não relaciona diretamente o Presidente da República como o responsável pelas queimadas. A equipe do Inpe deixa claro que aumento dos focos de incêndio está relacionado às mudanças climáticas, aos cortes orçamentários destinados ao combate a incêndios e à greve dos fiscais ambientais.
Greve no setor
Em janeiro deste ano, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interromperam as atividades de fiscalização ambiental, em protesto por melhorias salariais e reestruturação de carreiras.
De acordo com a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), o orçamento do Ibama para combate a queimadas tem disponíveis R$ 50 milhões, cerca de 41% do valor requisitado inicialmente, sofrendo redução de 24% em relação ao ano passado.
Ainda segundo a Ascema, a greve prejudicou a fiscalização de queimadas em todo país. Na Amazônia, por exemplo, as multas pelo crime de desmatamento sofreram diminuição em 87,84%.
As atividades internas e administrativas do Instituto seguem em andamento.