Patrus Ananias na CCJC no dia do embate com os bolsonaristas -  (crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Patrus Ananias na CCJC no dia do embate com os bolsonaristas

crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O Partido dos Trabalhadores (PT) representou contra os deputados bolsonaristas Delegado Éder Mauro (PL-PA) e Mauricio Marcon (Podemos/RS) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados por causa de ataques ao deputado Patrus Ananias (PT-MG), durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), no último dia 17 de abril. 

 

De acordo com as representações, Mauro e Marcon “lançaram acusações infundadas contra o deputado, que configuraram possíveis crimes de difamação, calúnia e injúria”. 

 

 

Nos documentos, foram anexadas notas taquigráficas da Câmara dos Deputados que, segundo o partido, comprovam que, “com o intuito de constranger moralmente o deputado Patrus Ananias, o deputado Mauricio Marcon sugeriu que ele abrigasse em seus imóveis pessoas sem moradia e terra, taxando-o expressamente de hipócrita, além de acusá-lo da prática criminosa da sonegação fiscal”.

 

Marcon acusou Patrus de ter cinco apartamentos e relativizar as invasões de terra. “Acho que seria importante que ele, em vez de ter cinco apartamentos, deixasse que pessoas que não têm casa entrassem neles ou então parasse de ser hipócrita ao vir aqui fazer discurso”, disse o parlamentar do Podemos. As discussões ocorreram durante sessão da CCJC que debateu o projeto de lei que permite aos proprietários de terra solicitar força policial em caso de ocupação do imóvel, mesmo sem ordem judicial.

 

 

De acordo com o PT, Mauro fez o mesmo e “lançou acusações infundadas relativas a crimes de ocultação de patrimônio e falsidade ideológica”. “Uma delas dizia respeito a um imóvel que estaria ausente na declaração de imposto de renda, o que é uma mentira”, afirma a representação. Além disso, complementa o documento, o deputado do PL insinuou que propriedades registradas em nome de terceiros seriam do deputado Patrus.

 

O PT alega, no documento, que a “divergência de ideias é a essência do debate parlamentar, contudo, limitadas pelo respeito exigido de cada um”.  Patrus foi prefeito de Belo Horizonte e ministro do Combate à Fome e Desenvolvimento Social.