De acordo com o levantamento, o apresentador de TV alcança entre 25% e 40% das intenções de voto, a depender da configuração da disputa eleitoral -  (crédito: DANIEL PROTZNER/ALMG)

De acordo com o levantamento, o apresentador de TV alcança entre 25% e 40% das intenções de voto, a depender da configuração da disputa eleitoral

crédito: DANIEL PROTZNER/ALMG

No meio político e da comunicação, muitos duvidam que ele deixará a Record para ser candidato a prefeito de Belo Horizonte, a exemplo do que ocorreu outras vezes. Por essa razão, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), de 63 anos completados em 17 de maio, resolveu criar fato político para confirmar sua pré-candidatura e mostrar convicção. Na próxima quinta-feira, ele se despede da TV, após 16 anos no comando do Balanço Geral, e de uma audiência de cerca de 1,5 milhão de telespectadores/dia.

 

Vai impactar a pré-campanha eleitoral com a antecipação em 30 dias da exigência legal feita a comunicadores que vão disputar as eleições. A dúvida sempre se fixou na comparação entre seus ganhos como apresentador, bem acima daqueles de prefeito, além dos inúmeros problemas da capital mineira. Como fez nas duas campanhas a deputado estadual, vai pegar uma licença com a promessa de voltar caso não tenha êxito eleitoral.

 

 

 

Estimulado por decisões da cúpula de seu partido e por informações de que estaria à frente dos concorrentes, Tramonte tomou a decisão, apesar da demora. “Vou tirar uns dias pra descansar da TV depois de 16 anos e continuar me dedicando à Assembleia Legislativa e a ouvir as pessoas como sempre fiz. Vou continuar me preparando com uma equipe técnica na montagem de um plano de governo para a cidade, com propostas simples, mas resolutivas de problemas cruciais”, adiantou ele. As prioridades de seu plano de gestão estariam na mobilidade urbana e saúde pública. Em 2018, obteve 516 mil votos para deputado e foi reeleito, em 2022, com 110 mil.

 

União vem reforçar Fuad



Leia: cobiçado, Kalil faz mistério sobre seu posicionamento nas eleições de BH

 

Depois de reclamar de isolamento, o prefeito de BH e pré-candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), teve reforço político do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e do presidente do partido, Antônio de Rueda. Eles vieram agradecer a Fuad pela nomeação do indicado deles, Bruno Barral, para a Secretaria de Educação de BH há 41 dias. Ex-secretário da mesma pasta em Salvador, Barral saiu da Bahia com problemas com a Justiça por contratos de sua empresa com Santo Antônio de Jesus (BA), mas não teve problemas em ser acolhido por aqui. Até porque, deve ser difícil encontrar secretário de Educação por aqui. Zema chegou a nomear uma carioca para a pasta no 1º mandato e, agora, Fuad recorre a um baiano. O mais importante para o prefeito é que o União vai apoiá-lo e tem um bom tempo de TV na propaganda eleitoral.

 

Fuad Noman reúne-se com ACM Neto e Rueda

Fuad Noman reúne-se com ACM Neto e Rueda

ACM NETO/INSTAGRAM


Desmonte incentivado



Em mais uma ação do desmonte continuado, a direção da Cemig divulgou, na sexta (24), circular sobre o novo Programa de Demissão Voluntária Programado (PDVP) 2024. Podem aderir todos os empregados da Cemig, Cemig D e Cemig GT. Muitos já saíram por conta do ambiente de trabalho e da política de pessoal e, agora, outros farão o mesmo. A medida acontece quando o estado renegocia sua dívida de R$ 160 bilhões com o governo federal por meio da revisão dos juros e da federalização de estatais, como a Cemig.


Estatal dá R$ 2 mi/dia ao Estado



Além da queda de qualidade dos serviços prestados, analistas apontam que o PDVP influencia no balanço, aumentando os lucros e dividendos aos acionistas, O projeto principal da atual gestão é a privatização. Em seus discursos, Zema e o vice Mateus Simões, sempre que podem, desqualificam os serviços da estatal, apesar de a companhia gerar dividendos de R$ 730 milhões/ano para o Estado, ou R$ 2 milhões/dia.


Zema: duplo castigo a servidor



Chamados de “casta privilegiada” e de “carrapato maior do que a vaca”, os servidores civis e militares ganharam duplo castigo de Zema. Nesta semana, e na próxima, o governador conclui o primeiro, ao aprovar por meio do rolo compressor governista a reposição salarial de 3.62%. É um índice abaixo da inflação de 4,62% e dos percentuais concedidos por outros poderes e órgãos públicos autônomos. O segundo castigo é a reforma da previdência deles.


Números não enganam



Os números não deixam ilusões. Com uma mão, Zema dá reposição de 3,62%; com a outra, aumenta a contribuição previdenciária deles. No caso dos militares, irão pagar 5,5% a mais do que é pago hoje, além de oficializar o fim da contribuição patronal de 16% (ou R$ 70 milhões/mês). Para os civis, o castigo será maior, porque a contribuição previdenciária deles será reajustada em cerca de 80%. De acordo com o governo, essa seria a única forma de melhorar a caótica assistência médica e hospitalar deles.


Estratégia equivocada



Ao perceber o erro cometido, de enviar esse pacote de maldades unificado à Assembleia Legislativa, o governo mudou a estratégia. Segundo a deputada Beatriz Cerqueira (PT), diante do desgaste, Zema resolveu desmembrar os projetos, adiando a mudança na previdência para depois da aprovação da reposição . “A tentativa é fragmentar o funcionalismo”, disse ela, sustentando que a intenção é sucatear os institutos de previdência dos servidores
(Ipsemg e o IPSM).