Silveira presidiu 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, no Minascentro -  (crédito: Lula Marques/Agência Brasil)

Silveira presidiu 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, no Minascentro

crédito: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta segunda-feira (27/5), que o estado de Minas Gerais está "muito mal" em comparação aos outros estados do país. Ao criticar a gestão do governador Romeu Zema (Novo), Silveira disse que a "grande marca" de Minas Gerais se tornou a dívida do estado com a União, atualmente em torno de R$ 160 bilhões.

 

O ministro esteve presente em BH, na manhã de hoje, para presidir a abertura da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, que acontece no Minascentro, no Centro da capital mineira. À imprensa, Silveira falou que vem de uma tradição que pratica a "política do diálogo", mesmo quando há diferenças, mas logo pontuou que discorda da gestão do governador mineiro.

 

 

Apesar das críticas ao governador Romeu Zema, Silveira também reforçou que isso não o impede de ter uma boa relação com o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo). Durante o evento na capital mineira, eles trocaram afagos durante a cerimônia.

 

"Todos sabem que eu penso em um estado completamente diferente do atual. Minas pode muito mais. Ninguém consegue apontar uma realização de peso em Minas Gerais, na minha opinião. Minas precisa desenvolver suas vocações regionais. Não dá pra ver o Norte de Minas como Triângulo, não dá pra ver o Centro-Oeste como o Sul", afirmou.

 

"Minas hoje tem uma grande marca e conhecido problema que se evoluiu nos últimos cinco anos. Deixou de ter uma dívida de R$ 110 bilhões para passar a ter uma dívida de R$ 165 bilhões. Essa é a grande marca que Minas teve nos últimos cinco, seis, anos. Eu penso que Minas pode mais. Eu não consigo ver nada que mudou em Minas nos últimos oito, nove, dez anos que possa dizer que Minas avançou, e olha que eu fico deprimido com isso até", completou Silveira, pontuando que sua fala não era uma "crítica", mas sim uma "constatação". 


Silveira também afirmou que o governador de Minas Gerais precisa dialogar melhor com o governo federal e com o Congresso Nacional. Ele declarou ter tentado estabelecer esse diálogo enquanto senador e que continua tentando enquanto ministro de Minas e Energia.


"Eu vejo Minas com tristeza quando eu ando em Minas. Os avanços são muito menos do que Minas merece. Infelizmente, Minas anda muito mal comparativamente com os outros 26 estados da federação. Minas tem que ousar, tem que dialogar, tem que ter relação com o governo federal, tem que estar próximo do presidente, tem que estar cobrando os seus representantes na Câmara e no Senado. Eu tentei esse diálogo enquanto estava no Senado da República e não encontrei. Como ministro, eu tenho tentado também", pontuou.

 

 

Elogios a Fuad

 

Já em relação ao Prefeito de Belo Horizonte, Silveira disparou elogios ao gestor municipal e demonstrou apoio à pré-candidatura de Fuad Noman (PSD). “Fuad é o nosso candidato. Na minha visão ele é um dos melhores técnicos que eu já conheci na vida. Dedicado, responsável, humilde e preparado para poder conduzir, aí já no segundo mandato, de forma legitimada nas urnas, fazer muito por Belo Horizonte”, disse o ministro sobre o correligionário.


Para o ministro, durante os dois anos de mandato, Fuad preparou a cidade para poder construir “uma Belo Horizonte ainda muito melhor”. “Pelo perfil dele, eu acho que o Fuad tem tudo pra se renovar ao seu mandato”, firmou.



O ministro também pontuou que estará pouco presente nas agendas de campanha, em razão dos intensos compromissos no Ministério de Minas e Energia. “É uma pasta que me cobra de domingo a domingo. Ontem (domingo) eu despachei o dia inteiro. Então, eu assim, vou estar dentro das minhas possibilidades, sem deixar essa missão que está me confiada”, contou.