Tendo como mote a defesa do emprego decente, menos juros, aposentadoria digna, correção da tabela do Imposto de Renda e valorização do serviço público, trabalhadores, movimentos sociais e entidades de classe fizeram nesta quarta-feira (1/5) uma manifestação pelas ruas de Belo Horizonte em comemoração ao Dia 1° de Maio.

 


O ato foi um ensaio da marcha para Brasília que está sendo chamada pelas centrais sindicais, onde as entidades entregarão para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma pauta de reivindicações, cujos principais pontos são a revogação das reformas da Previdência e trabalhista.

 

 

“Uma pauta muito importante é a questão da revogação dessas reformas e a discussão com os trabalhadores sobre que mudanças de fato são necessárias no mundo do trabalho. Elas com certeza não são as que aconteceram depois do golpe que sofremos em 2016”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais, Jairo Nogueira.

 

Essas duas reformas foram aprovadas pelo Congresso Nacional durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

 




Além disso, a pauta a ser apresentada ao presidente pede a retirada de tramitação do Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20 que muda regras para futuros servidores, restringindo a estabilidade, além de alterar a organização da administração pública

 

Durante o ato, diversas entidades de classe que representam os trabalhadores das instituições federais de ensino, em greve desde abril, cobraram do presidente diálogo e valorização dos profissionais da educação. O governo federal ofereceu zero de reajuste este ano, um dos motivos principais da greve feita por professores e técnicos das universidades e escolas federais. 

 

Plebiscito Popular

 

No âmbito estadual, o dirigente disse que a pauta principal é a defesa das estatais e do servidor público que, segundo ele, têm sido atacadas pelo governo Romeu Zema (Novo). “A nossa luta aqui é para tentar trazer Minas Gerais de volta para os mineiros, contra as privatizações das nossas estatais e também na luta para salvar o serviço público e seus servidores em Minas”, disse Nogueira. 

 

Os sindicatos e movimentos sociais estão realizando o Plebiscito Popular em Defesa das Estatais de Minas Gerais, sem caráter oficial, com votações pela internet e em urnas distribuídas pelo Estado,para consultar a população mineira sobre a eventual privatização das empresas estatais mineiras.   

 

Terminado o processo de votação, que se encerra hoje, os resultados serão entregues à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao governador e a outras autoridades públicas.

 

O governo enviou ano passado para a ALMG uma PEC que facilita a privatização das estatais ao reduzir o quórum para aprovação da venda e retirar da Constituição Mineira a exigência de uma consulta popular prévia para privatizar as empresas estatais.

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