O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que o vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo votos para o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), nessa quarta-feira (1/5), seja apagado das redes sociais do mandatário. O caso foi levado à Justiça Eleitoral pelo partido Novo, que teve o pedido atendido pelo juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci.
Segundo o juiz, Lula é uma figura de expressiva importância nacional, com o potencial de “influenciar” seguidores e não seguidores. “A permanência do vídeo na rede pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, se trata de um "cabo eleitoral" de considerável relevância”, escreveu.
Boulos havia marcado presença no evento do 1º de maio, dia do trabalhador, das Centrais Sindicais de São Paulo, na Arena Neo Química, estádio do Corinthians, time de futebol ao qual o deputado e o presidente Lula torcem.
Lula disse que Boulos disputa uma “verdadeira guerra em São Paulo”, enfrentando três adversários. “Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1996, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse.
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Os vídeos do evento já tinham sido apagados dos canais oficiais do Governo Federal. Porém, seguem no perfil de Lula. O evento também contou com patrocínio da Petrobras, que disse ter endossado a manifestação por meio do programa Petrobras Cultural e que respeitou todas as etapas jurídicas do processo.
Em nota, o diretório Municipal do MDB de São Paulo, partido do atual prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, afirmou que considerou a fala de Lula propaganda eleitoral antecipada e que acionou a justiça.