Um assessor da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (CODAU) de Uberaba foi exonerado de seu cargo. A informação consta na edição dessa quinta-feira (2/5) do Diário Oficial do Município de Uberaba. 

 


O nome dele foi citado em inquérito policial da Polícia Civil (PC) de Uberaba, por meio da Delegacia Especializada Antidrogas, finalizado nesta semana e que indiciou quatro pessoas por difamação, falsidade ideológica e associação criminosa. Eles teriam praticado os crimes contra a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (Solidariedade). Entre os indiciados estão um ex-vereador, que é pré-candidato a prefeito de Uberaba, e outro assessor, mas da Câmara Municipal.

 



 

O assessor da Codau foi citado como investigado, já que os policiais afirmam que encontraram conversas dele com um dos indiciados, que é assessor da Câmara Municipal.

 

Ainda conforme o inquérito policial, o assessor da CODAU angariava matérias jornalísticas que poderiam impactar negativamente para a imagem da Prefeitura.

 

 

“Ademais, este indivíduo, funcionário da CODAU, chegou a produzir um vídeo dentro da Autarquia e muito, provavelmente, teria conteúdo critico a gestão da Prefeita, no entanto, não foi possível recuperar a gravação”, complementou trecho do inquérito policial que citou o nome do assessor exonerado.

 

Também consta no inquérito policial que o investigado se reservou no direito de permanecer em silêncio.


Linhas telefônicas ilegais


Segundo informações do inquérito policial, duas linhas telefônicas (dois chips) teriam sido cadastradas, indevidamente e sem autorização, em nome da prefeita de Uberaba.


Foram apreendidos quatro celulares, um CPU de computador e quatro pendrives.

 

“A suspeita era de que alguma pessoa vinculada ou que apoia o ex-vereador cadastrou duas linhas telefônicas com os dados da Prefeita”, diz um dos trechos do inquérito policial.

 


Também consta no inquérito policial que o objetivo principal do assessor da CMU e um outro indiciado, com certeza, era publicar e divulgar comentários/vídeos/materiais em redes sociais que manchassem a reputação de Elisa, independentemente, se o que estava sendo publicado era verdadeiro ou não.

 

“O que os alvos divulgavam não eram apenas críticas à atual administração da prefeita, mas sim conteúdo que pudesse denegrir a imagem dela. Os investigados tinham conhecimento de que o que estavam fazendo não era lícito, tanto que habilitaram linhas de telefone e criaram e-mail ”fakes”. A obsessão em prejudicar Elisa era tão grande que criaram contas no Instagram de apoio a vítima, porém, ao se atingir um número expressivo de seguidores, revertiam para passar a proferir críticas contra ela”, destacou um dos trechos do inquérito da PC de Uberaba.

 

As difamações postadas na internet, via de regra, vinham sempre após vídeos de promoção do ex-vereador.

 

“Não há dúvida alguma de que o grande beneficiário das difamações, nos contextos em que elas ocorreram, era o ex-vereador. E ele tinha conhecimento disso. Os grupos de Whatsapp possuíam seu nome, para sua promoção e ele era integrante na condição de administrador”, afirma outro trecho das investigações.

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