A professora e ex-candidata ao Senado Sara Azevedo (Psol-MG) informou ter entrado com uma denúncia nesta sexta-feira (3/5) contra o pastor Lúcio Barreto Júnior, mais conhecido como Lucinho Barreto, e a Igreja Batista da Lagoinha no Ministério Público por causa de assédio. O pastor disse que beijou a filha na boca durante uma pregação. 

 

"Na petição, eu argumento que o pastor, ao contar o caso publicamente e rir deste, em tom de quem acha bonito, visa propagar a cultura da objetificação das mulheres, privando-as de sua dignidade sexual e da autonomia delas sobre seu corpo", disse a psolista, que pediu que uma indenização seja paga a um fundo público.

 



 

Na postagem nas redes sociais da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, ele afirmava que teria dado um beijo na boca da própria filha quando ela era criança.

 

"Peguei minha filha um dia e falei que a amava. Falava: ‘Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego’. Ela falava: ‘Credo, pai, você já é da mamãe’. Daí dava beijo nela. Um dia, ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. Ela disse ‘Que isso, pai?’ Eu falei assim: ‘Porque quando encontrar seu namorado, vou falar: você é o segundo. Eu já beijei'”, disse para fiéis da igreja, que acharam graça do relato.

 

A filha do religioso, Emily, usou suas redes sociais para dizer que o trecho foi cortado e tirado de contexto.

 

A Igreja Batista da Lagoinha, na qual Lucinho Barreto costuma pregar, também é alvo da ação de Sara Azevedo.

 

"Já a Igreja Batista da Lagoinha é responsável pelo caso, pois publicou o vídeo com o discurso misógino do pastor em seu canal do YouTube sem qualquer comentário crítico, dando visibilidade ao discurso", alegou a professora.

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