Empresários levantam dois pontos que prometem causar polêmica na discussão dos projetos de regulamentação da reforma tributária: o fundo de compensação dos benefícios fiscais de ICMS e os créditos tributários após implantação do novo modelo. As indústrias querem que tudo seja feito de forma célere e simples e desconfiam que o texto, da forma como o governo mandou ainda não dá essa garantia, especialmente, no período de transição. As preocupações serão levadas esta semana às frentes parlamentares, que patrocinaram as propostas paralelas àquelas enviadas pelo Poder Executivo. É nelas que o empresariado aposta suas fichas na hora de emplacar suas reivindicações.
Em tempo: Quem produz e sustenta o PIB brasileiro não acredita que será possível resolver todas as dúvidas dos projetos antes das eleições. Apesar da vontade do presidente da Casa, Arthur Lira, o tempo é curto e não há consenso.


Agora é com Lula

Até aqui, o governo aprovou tudo o que era importante na área econômica. Porém, os próximos meses indicam uma “pedreira” pela frente. E se o governo fracassar nas articulações, não vai adiantar colocar a culpa no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Depois das conversas do presidente Lula com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco, o chefe do Executivo chamou o jogo para si.


Lira faz jogo quádruplo

As incertezas sobre as candidaturas para a Presidência da Câmara fez o atual presidente, Arthur Lira, buscar mais proximidade com todos os potenciais candidatos. Assim, além de manter ao seu lado o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, ele reforçou com Marcos Pereira, do Republicanos, Antonio Brito, do PSD; e Isnaldo Bulhões, do MDB.


Novos fatores

O crescimento do PSD e a manutenção do MDB com grande número de prefeituras na última janela partidária coloca Brito e Bulhões com mais forca no jogo. Se mantiverem essa força nas prefeituras no pós-eleição, chegam forte ao grid de largada para a presidência da Câmara. É que, com as emendas impositivas, os prefeitos têm parceria direta com os parlamentares e influência.


PAC replay

Quando lançou o Novo PAC, no ano passado, o governo anunciou R$ 15,3 bilhões de investimentos em prevenção a desastres naturais para retomada e conclusão de obras paralisadas. Do total de recursos, R$ 10,9 bilhões seriam aplicados de 2023 a 2026 e outros R$ 4,4 bilhões ficaram para depois de 2026. Ali, apenas duas obras no Rio Grande do Sul, uma em Porto Alegre, outra em Rio Grande. Agora, o governo pretende lançar um novo PAC encostas. E nem terminou o primeiro.

 

Inteligência artificial...

Ao participar do debate sobre o tema no Forum de Integração Brasil Europa, em Madri, a senadora Tereza Cristina (Progressistas-MS) alertou para o perigo à democracia que a tecnologia mal gerida representa: “Um dos desafios mais presentes que enfrentamos é a influência dos algoritmos - e hoje ouvimos falar muito aqui sobre isso e sobre fake news principalmente nos processos eleitorais”, diz a senadora.


… e as “bolhas”

Tereza Cristina foi incisiva: “Os algoritmos que impulsionam as plataformas das mídias sociais e os mecanismos de busca têm um poder de moldar a percepção pública influenciando o que vemos e consumimos online. Quando esses algoritmos são projetados para maximizar o engajamento a todo o custo, corremos o risco de cair em bolhas de filtro onde somos expostos apenas a informações que confirmam preconceitos e visões de mundo, criando divisões profundas na sociedade”, diz. Tudo isso, somado às fake news, representa uma grave ameaça à integridade do processo democrático. É preciso que o Congresso se deve e sobre essa nova realidade.

 

 

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