Em coluna publicada pela Folha de S. Paulo, Ruy Castro afirmou que os bolsonaristas “odeiam também o sexo”. O jornalista chegou a esta conclusão devido às reações do grupo ao show realizado por Madonna no Rio de Janeiro no último sábado (04/05), parte da turnê comemorativa aos 40 anos de carreira da cantora. 


Madonna apresentou sucessos de sua carreira sem pudor, com simulações de sexo oral e provocações à igreja católica, assim como fez em várias outras aposentações ao longo dos anos. Nas redes sociais, tanto parlamentares quanto eleitores de direita criticaram a apresentação da artista, classificando as performances como “eróticas” e “pornográficas”.


Castro aponta certa ironia no posicionamento dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso porque grande parte dos bolsonaristas defende a volta do regime militar no Brasil, entretanto, segundo o colunista, foi durante esse período que houve a chegada e expansão dos motéis no país e, consequentemente, “mais homens e mulheres foram de repente para a cama (no caso, redonda) do que em todo o século 20 até então”. 

 




O texto ainda ressalta que muitos motéis tinham generais e coronéis como sócios ou acionistas e destacou dois presidentes, Emílio Médici (que governou de 1969 a 1974), período no qual o AI-5 estava em pleno vigor, e Ernesto Geisel (entre os anos de 1974 e 1979).

 

Segundo Castro, os militares chegaram a conclusão que “quanto mais sexo e luxúria, melhor para o regime”, mas os bolsonaristas ainda não teriam chegado à mesma conclusão, praticando sexo apenas para fins de procriação.


 

“Os bolsonaristas, fãs da ditadura, não sabem disso. Se soubessem, não se chocariam com Madonna. Nada que ela fez no palco levantaria um sobrolho de Médici ou Geisel. Aliás, neles, não levantaria nada”, Castro finaliza a coluna.


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