O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios proibiu Ciro Gomes (PDT) de repetir ofensas contra a senadora Janaína Farias (PT-CE), sob pena de R$ 30 mil.
Ciro foi acusado de constranger e humilhar a parlamentar, “utilizando-se de menosprezo à condição de mulher da parlamentar, com a finalidade de dificultar o desempenho de seu mandato eletivo”, segundo o Ministério Público Eleitoral do Ceará.
No início de abril, quando Janaína assumiu a cadeira de senadora no lugar do titular, o ministro da Educação Camilo Santana, Ciro criticou sua chegada ao cargo pelos seus atributos de gênero.
“Quem está assumindo o Senado Federal hoje? Sabe qual é o serviço prestado para ir ao lugar de Virgílio Távora, de Tasso Jereissati, de Mauro Benevides, de Patrícia Saboya?”, afirmou Ciro, antes de arrematar: “Aí vai agora a assessora para assuntos de cama do Camilo Santana.”
A decisão foi da juíza Patrícia Vasques Coelho. No documento, ela afirmou que as falas de Ciro “são passíveis de reparação no âmbito cível, dada a presença de todos os pressupostos da responsabilidade civil, além de constituírem objeto de investigação própria na seara criminal”.