A investigação sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um plano de golpe contra a democracia - em busca de se manter no poder, mesmo após a derrota nas eleições - está chegando ao fim. A informação é da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o PGR afirmou que o inquérito "encontra-se em via de conclusão".

 

 


 

A Polícia Federal ouviu os principais investigados e analisou os documentos e dispositivos apreendidos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada no início de fevereiro. Com isso, o caso caminha para o desfecho. O próximo passo é a apresentação do relatório final da investigação.

 

O inquérito apura tentativa de golpe foi aberto a partir de informações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou um acordo de colaboração premiada.

 

 

Entenda

 

Até o momento, há dois indícios que implicam Bolsonaro. O primeiro é um áudio enviado por Cid que sugere que o ex-presidente ajudou a redigir e editar uma minuta de golpe. O segundo é o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que atribui a Bolsonaro a articulação de reuniões com comandantes das Forças Armadas para discutir "hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral".

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