A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) cobrou o posicionamento de Elon Musk, diretor da Tesla e dono da rede social X (antigo Twitter). Na terça-feira (21/5), a deputada federal se tornou ré no STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. Em abril, o empresário havia denunciado supostas arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Alexandre de Moraes.

 

 

Na madrugada desta quarta-feira (24/5), Zambelli fez uma publicação em inglês e se mostrou apreensiva em relação a uma suposta falta de posicionamento de Musk. Na postagem, ela pede “por favor” para que o empresário “volte a olhar para o Brasil”, alegando que, depois que ele parou de tuitar criticando o STF, o país “vive um inferno”.

 

 


 



 

 

“@elonmusk Por favor, por favor, olhe novamente para o Brasil. Você começou uma revolução contra o mal no Brasil, mas depois que parou de tuitar, todos os processos recomeçaram. Anteontem, fui revertida pela segunda vez, por pura perseguição. Parece que estamos vivendo no inferno. Ajude-nos!”, escreveu.

 

 

No último mês, Elon Musk fez uma série de publicações no X, alegando que Moraes era um “ditador brutal” que interferiu nas eleições presidenciais. Ele ainda afirmou que o ministro foi o responsável pela libertação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da prisão.

 

 

Como resposta a isso, outro deputado que se mostrou animado com os desdobramentos das supostas denúncias foi Nikolas Ferreira (PL-MG), que se diz ansioso pelos próximos capítulos pela “liberdade de expressão”.

 

 

Zambelli acusada por invasão ao CNJ

 

 

Na terça-feira (21/5), Zambelli se tornou ré no STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Zambelli e o hacker Walter Delgatti e foi recebida por unanimidade pelos ministros do Supremo.

 

 

 

 

De acordo com a acusação, houve 13 invasões em seis sistemas do Judiciário durante o período entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Nestas invasões, foram inseridos 16 documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

 

 

Um dos elementos citados pela PGR na denúncia foi que o arquivo do mandado falso foi encontrado com Zambelli, antes mesmo do documento ter sido divulgado. Além disso, o arquivo também foi encontrado no computador de Delgatti, com indícios de ter sido gerado uma hora antes do arquivo chegar às mãos da deputada.

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