Após a derrubada do veto que garantia aos presos o direito de sair para visitar a família em datas comemorativas, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues afirmou que o governo não vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para voltar a fazer valer a decisão de Lula de autorizar as "saidinhas".

 

O líder do governo declarou que o "consolo" da derrota no veto do fim da saída temporária de presos é que a medida também atinge aos bolsonaristas detidos por atos terroristas no 8 de janeiro de 2023, quando depredaram prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Até o final de abril, eram 88 presos por esses ataques e outros 1.557 cumpriam pena em regime semiaberto ou aberto e foram submetidos a medidas como uso de tornozeleira e proibidos de deixar o país.



"É um parlamento majoritariametne conservador. Na saída temporária dos presos, tem um consolo: os presos do 8 de janeiro também não vão poder sair. Acho que aí eles vão se explicar com a base deles", disse Randolfe Rodrigues, se referindo aos bolsonaristas que votaram pela derrubada do veto e comemoraram no plenário com palavras de ordem "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

 

 

 

Randolfe também anunciou que o governo não vai recorrer ao STF de qualquer derrota sofrida ontem, inclusive do fim da saidinha. "Não (vai recorrer). Em absoluto, sobre nenhuma das decisões de hoje (ontem). Aqui vale a máxima do jogo é jogado e lambari é pescado. O governo reconhece a posição da maioria do Congresso e segue o jogo. Vamos para os próximos temas. Celebramos e agradecemos ao Congresso a manutenção dos vetos da LDO e a percepção de ter mantido outros cinco vetos, como a Lei Orçamentária e outros pontos que implicariam em aumento de gastos, com impacto fiscal. Reconhecemos o resultado onde fomos derrotados", completou.

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