BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) realiza na manhã desta segunda-feira (3) reunião da articulação política, no âmbito da nova estratégia traçada após a grande derrota sofrida na semana passada no Congresso Nacional.
Lula decidiu na ocasião reunir semanalmente seus ministros da ala política e representantes do Ministério da Fazenda, retomando uma rotina que já mantinha em seus primeiros mandatos. A reunião começou pouco depois das 9h.
Estava prevista a participação no encontro do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), dos secretários-executivos da Casa Civil e da Fazenda, respectivamente Miriam Belchior e Dario Durigan; e dos líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
As reuniões semanais com a ala política, a Casa Civil e a Fazenda foram decididas em um primeiro encontro com líderes na semana passada, como parte da estratégia para melhorar a articulação. Naquela ocasião, o petista e seus aliados fizeram o diagnóstico de que o governo não tem base para conseguir vitórias na chamada pauta de costumes defendida pelo bolsonarismo.
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No encontro, houve a leitura de que o governo tem conseguido vitórias importantes em pautas ligadas à economia, mas que deve evitar se envolver em projetos ligados a valores. Na terça-feira (28), o Congresso Nacional impôs uma derrota acachapante ao governo, derrubando vetos importantes para a base petista e a esquerda.
Três pautas de cunho ideológico marcaram a sessão com revezes ao governo: o fim das saidinhas de presos, um pacote de costumes incluído por bolsonaristas na prévia do orçamento e o veto de Jair Bolsonaro (PL) ao dispositivo que criminalizava "comunicação enganosa em massa".
Nos dois primeiros casos, os parlamentares derrubaram vetos de Lula em projetos aprovados antes pelo Legislativo. Já o veto de Bolsonaro foi mantido. Na avaliação de congressistas, o movimento demonstrou a ascendência de Bolsonaro sobre a pauta do Legislativo.
Todas as derrotas se deram por larga margem de votos e com apoio dos partidos de centro e de direita que têm assento na Esplanada de Lula.