Pelo segundo dia consecutivo, servidores das forças de segurança de Minas Gerais protestaram na frente do Expominas, no bairro Gameleira, região Oeste de Minas Gerais, reivindicando reajuste salarial. No espaço ocorre o 39º Congresso Mineiro de Municípios da Associação Mineira de Municípios (AMM), que termina nesta quarta-feira (5/6) e contou com a presença de prefeitos e deputados.
“O objetivo desta manifestação é de reivindicar os nossos direitos e mostrar ao governo do estado que continuaremos a nossa luta pela recomposição salarial, que está atrasada há 7 anos e já atinge o percentual de 42%”, escreve o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol).
O movimento dos servidores ocorre no momento em que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute, em segundo turno, o projeto proposto pelo governador Romeu Zema (Novo) que concede um reajuste de 4,62%. O índice foi alterado pelo chefe do Executivo mineiro em um ponto percentual após pressão dos servidores, que receberiam apenas 3,62% de reajuste - percentual abaixo da inflação oficial de 2023.
O reajuste inicialmente proposto pelo governador chegou a ser aprovado pelos deputados na última quarta-feira (29/5), em primeiro turno. No entanto, ainda nesta terça-feira (4/6), antes da votação ser concluída com a apreciação de emendas, Zema anunciou a mudança.
Deputados ainda tentam articular a aprovação de uma emenda que concede um reajuste de 10,67%, correspondente às perdas inflacionárias de 2022 e 2023. Contudo, a proposta já foi rejeitada em primeiro turno, por um placar de 33 votos contrários e 32 favoráveis.
O reajuste do funcionalismo é apreciado novamente na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) antes de ser encaminhado ao plenário para votação final, que pode ocorrer nesta quinta (6/6).